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Em recuperação judicial, Avianca Brasil cancela voos internacionais

Apenas Bogotá permanece como destino internacional atendido pela companhia aérea

Avianca: Brasil e Colômbia seguem separados (Paulo Lopes/Futura Press/Exame)

Avianca: Brasil e Colômbia seguem separados (Paulo Lopes/Futura Press/Exame)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 12h34.

Em recuperação judicial, a companhia aérea Avianca Brasil está reestruturando sua operação. Ela anunciou que irá cortar a maioria de seus voos internacionais "para adequar sua operação à atual demanda de passageiros".

A quarta maior companhia aérea do país enfrenta dívidas de quase 500 milhões de reais e dificuldades de honrar compromissos desde o segundo semestre do ano passado.

A partir do dia 31 de março, os voos diretos de Guarulhos para Santiago do Chile, Miami e Nova York serão descontinuados. Em relação aos viajantes que já compraram passagem para esses voos, a companhia afirmou que entrará em contato e resolverá os casos individualmente.

Apenas Bogotá permanece como destino internacional atendido pela companhia. A empresa reforça que os outros 26 destinos nacionais permanecem em sua malha e que ela continua operando normalmente com mais de 240 voos diários.

A companhia aérea brasileira pediu recuperação judicial em dezembro, sob o risco de ser obrigada a devolver suas aeronaves arrendadas por atraso nos pagamentos a seus credores.

A Avianca Brasil é a quarta maior do mercado nacional e tem participação de mercado de quase 14%. No entanto, a empresa afirma que sofreu com a crise econômica e com o aumento do preço do combustível, um de seus principais custos. Segundo ela, o combustível foi afetado pelo câmbio e pela greve dos caminhoneiros.

No início da semana, a empresa conseguiu mais duas semanas para apresentar um plano de pagamento de dívidas atrasadas às empresas donas de aeronaves arrendadas por ela.

A aérea se comprometeu a realizar os pagamentos que vencerão a partir do próximo mês sem atrasos. Caso contrário, a Justiça poderá pedir a reintegração de posse dos aviões.

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