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Em marco histórico, Vale conclui expansão da Estrada de Ferro Carajás

EFC liga a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, em Carajás (PA), ao Porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA)

Vale: construção de estruturas logísticas robustas é parte da estratégia da mineradora para ganhar competitividade (Ricardo Moraes/Reuters)

Vale: construção de estruturas logísticas robustas é parte da estratégia da mineradora para ganhar competitividade (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de julho de 2018 às 17h02.

Última atualização em 26 de julho de 2018 às 17h03.

Rio de Janeiro - A mineradora brasileira Vale concluiu na véspera seu importante projeto de expansão da Estrada de Ferro de Carajás (EFC), que permitirá uma elevação mais importante da capacidade de transporte da empresa a partir do próximo ano, afirmou nesta quinta-feira o diretor-executivo de Minerais Ferrosos e Carvão, Peter Poppinga.

A EFC tem 892 quilômetros de extensão, ligando a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, em Carajás, no sudeste do Pará, ao Porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Com a expansão, a empresa duplicou 575 quilômetros da ferrovia. As obras foram iniciadas em 2013.

"Até o fim do ano, ainda não terá 'ramp up', em função da restrição da velocidade em alguns trechos, mas... temos aí um marco histórico... Duplicamos toda a ferrovia", disse Poppinga, durante teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da empresa no segundo trimestre.

A EFC está ainda interligada com outras duas ferrovias: a Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) e a Ferrovia Norte-Sul, segundo informações no site da Vale.

O projeto de Expansão da EFC fez parte do programa de expansão de logística, que capacitou o corredor norte para transportar e embarcar até 230 milhões de toneladas por ano.

Moçambique

A construção de estruturas logísticas robustas é parte da estratégia da Vale para ganhar competitividade.

Nesta quinta-feira, o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, ressaltou a importância do porto e da ferrovia que a empresa tem em Moçambique, na África, atendendo ao ativo de carvão Moatize, naquela região.

Segundo ele, as estruturas de escoamento do ativo são praticamente únicos e "de melhor qualidade".

O executivo sinalizou um possível investimento futuro no local para expandir capacidades e atrair maior rentabilidade.

"Todo o carvão que existe naquela região só tem uma ferrovia e um porto para passar, o que significa que a Vale, quando estiver em condições de olhar isso, poderá expandir marginalmente sua operação, com investimento absolutamente marginal, e conseguir ter um retorno dessa operação desproporcionalmente elevado", disse Schvartsman.

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