Gabrielli disse inclusive que a pauta da próxima reunião, no dia 13 de fevereiro, ainda está sendo definida, quando supostamente deixaria a estatal (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 05h28.
Brasília - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, não confirmou na noite deste domingo os rumores de que teria renunciado à presidência da estatal. Durante conversa telefônica com a Reuters, Gabrielli disse que viaja nesta segunda-feira para Davos como presidente da empresa para participar do Forum Econômico Mundial.
Segundo o executivo, a decisão de uma troca de comando é de responsabilidade do Conselho de Administração da estatal.
Gabrielli disse inclusive que a pauta da próxima reunião, no dia 13 de fevereiro, ainda está sendo definida - o que permitiria incluir a discussão de um novo comando para a estatal.
"Minha afirmação é muito clara, quem determina a pauta é o presidente do Conselho, que é o ministro da Fazenda Guido Mantega", disse ele. "Não estou apto a fazer nenhuma especulação a esse respeito", afirmou Gabrielli.
Perguntado se esteve com a presidente Dilma Rousseff na última semana, Gabrielli apenas afirmou que "conversa com frequência com a presidente".
A notícia de que Dilma e Gabrielli teriam acertado a saída dele da maior estatal brasileira foi divulgada na noite de sábado pelo canal televisivo Globo News. Segundo a reportagem, ele deixaria o cargo na reunião do próximo dia 13 e seria substituído no comando pela diretora de Gás e Energia da empresa, Maria das Graças Foster.
Fontes próximas da presidente confirmaram que ela deseja fazer uma transição no comando da Petrobras, mas não confirmam que a saída de Gabrielli se daria nas próximas semanas. A principal razão para ele deixar a estatal seria sua disposição de concorrer ao governo da Bahia em 2014. O plano do PT, estimulado pelo ex-presidente Lula, segundo petistas ouvidos pela Reuters, é de que Gabrielli assuma uma secretaria no Estado ainda neste ano.
Procurada pela Reuters, a assessoria de imprensa da Petrobras disse "desconhecer" a informação sobre a troca de comando na estatal.