Após duas semanas de negociações, a COP26 deveria terminar oficialmente nesta sexta-feira (OLI SCARFF/AFP/Getty Images)
AFP
Publicado em 12 de novembro de 2021 às 07h53.
Última atualização em 12 de novembro de 2021 às 07h55.
Um segundo rascunho de resolução provisório na conferência sobre o clima (COP26) de Glasgow pede aos países a "supressão progressiva da energia produzida com carvão sem mitigação e dos subsídios ineficazes aos combustíveis fósseis".
As centrais de energia elétrica à base de carvão "sem mitigação" são aquelas que não utilizam tecnologia de captura de carbono para compensar parte dos gases que emitem à atmosfera.
Esta é uma menção sem precedentes em mais de duas décadas de negociações sobre tais combustíveis, incluindo gás e petróleo, amplamente responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa que provocam o aquecimento do planeta.
Porém, esta frase é mais suave que a do primeiro rascunho, que pedia simplesmente aos países para "acelerar o abandono do carvão e o financiamento dos combustíveis fósseis".
Após duas semanas de negociações, a COP26 deveria terminar oficialmente nesta sexta-feira, mas com as divergências registradas no momento é provável que prossiga pelo fim de semana.
Os delegados de quase 200 países reunidos na cidade escocesa desde 31 de outubro têm como missão determinar o modo de cumprir os compromissos do Acordo de Paris.
O acordo de 2015 estabeleceu um compromisso para limitar o aumento da temperatura global abaixo de +2 ºC até o fim do século na comparação com a era pré-industrial, e de maneira ideal o mais seguro +1,5 ºC, para evitar as devastadoras catástrofes naturais representadas por cada décimo de grau adicional.