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Em dez anos, a China mudou tudo, diz Agnelli

O presidente-executivo da Vale disse ao jornal inglês Financial Times que o crescimento na China mudou todo o panorama dos negócios

Roger Agnelli, presidente-executivo da Vale, mostra-se entusiasmado com a África (Germano Luders/EXAME)

Roger Agnelli, presidente-executivo da Vale, mostra-se entusiasmado com a África (Germano Luders/EXAME)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 25 de outubro de 2010 às 06h49.

São Paulo - Em entrevista ao site do jornal inglês Financial Times, o presidente-executivo da Vale, Roger Agnelli, disse que, em dez anos, a China alavancou os negócios de minério de ferro em todo o mundo.

“A China mudou completamente o ambiente dos negócios em diferentes áreas e setores, incluindo o de minério de ferro”, disse o presidente-executivo da Vale ao editor John Paul Rathbone. 

Franco entusiasta do mercado asiático, Agnelli não acredita numa possível bolha no mercado chinês. “Os chineses podem não crescer 12%, tudo bem. Mas eles podem crescer 10%, 9% ou 8% e, ainda assim, é bom”, afirmou o presidente-executivo da Vale.

“Eles [ chineses] têm dinheiro, tecnologia, uma grande necessidade de crescer. E há alguns países que estão construindo essa infraestrutura. Por isso, eu tenho uma perspectiva positiva em relação à Ásia”, justifica Agnelli. 

O presidente-executivo da Vale também afirmou que não espera “grandes mudanças ou volatilidade” nos preços do mercado de minério de ferro. “Eu espero que o mercado deva flutuar muito menos do que o que já ocorreu no passado”, acredita Agnelli.

África

O entusiasmo do presidente-executivo da Vale se estende até à África, o que ele chamou de “maior depósito de recursos naturais do planeta”. “Estou falando de petróleo e minérios”, ressalta Agnelli. 

“Se analisarmos alguns países individualmente, veremos que eles estão se saindo muito bem. Investidores do Brasil, da Índia, da China e do Japão estão indo para África. Eu acredito que a África será – eu espero - completamente diferente em dez anos”, diz.

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