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Em carta aberta, Deutsche Bank pede perdão por "graves erros"

"Estas cargas do passado não só nos custaram muito dinheiro, mas também reputação e confiança", assegura

Deutsche Bank: entre os erros, está sua participação no negócio das hipotecas lixo nos Estados Unidos entre 2005 e 2007 (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Deutsche Bank: entre os erros, está sua participação no negócio das hipotecas lixo nos Estados Unidos entre 2005 e 2007 (Kai Pfaffenbach/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de fevereiro de 2017 às 11h01.

Berlim - O Deutsche Bank, maior banco da Alemanha, pediu "perdão" neste sábado, em carta aberta, pelo "erros graves" que lhe levaram a enfrentar custosos litígios e, consequentemente, encerrar 2016 com perdas multimilionárias.

A entidade se desculpou assim em um anúncio de página inteira no jornal "Frankfurter Allgemeine Zeitung", dois dias após informar que em 2016 perdeu 1,4 bilhão de euros após ter de abonar 2,4 bilhões de euros pelos custos de diferentes litígios.

"Estas cargas do passado não só nos custaram muito dinheiro, mas também reputação e confiança", assegura na carta o presidente do Deutsche Bank, John Cryan.

Por isso, continua, "quero aproveitar a oportunidade para em nome da direção do Deutsche Bank expressar nosso fundo pesar por isso que aconteceu", e conclui: "Queremos pedir perdão".

O banco menciona que cometeu "graves erros", como sua participação no negócio das hipotecas lixo nos Estados Unidos entre 2005 e 2007, que desencadeou a crise financeira global de 2008.

"A conduta do banco não correspondia com nossos padrões e foi inaceitável", assegura Cryan, algo que "infelizmente é válido para outros casos" nos quais a entidade também se viu implicada.

A direção do Deutsche Bank, segundo seu presidente, fará tudo o que estiver em seu alcance "para que estes casos não possam se repetir".

O maior banco alemão perdeu 1,4 bilhão de euros no ano passado, 80% menos que os 6,7 bilhões que perdeu em 2015, mas acima do que tinham previsto os analistas.

Os custos por litígios em todo ano de 2016 foram de quase 2,4 bilhões de euros, menos da metade que um ano antes (5,2 bilhões de euros).

A entidade considera que os litígios mais graves que enfrentava já foram resolvidos e prevê voltar a gerar lucros no fechamento de 2017. EFE

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