Agronegócio: startups do agro já captaram R$ 54,7 milhões em 2022 (Cristiano Mariz/Exame)
Os abalos econômicos enfrentados por startups mundo afora parecem não estremecer o agronegócio brasileiro. Pequenas empresas de tecnologia dedicadas a soluções para agricultura e pecuária já captaram R$ 54,7 milhões nos primeiros cinco meses de 2022, mais da metade de todo o montante recebido ao longo de 2021. Os dados são da empresa de inovação aberta Distrito, em seu mais recente relatório sobre o mercado de venture capital no agronegócio.
Apesar de representarem uma pequena parcela do total de startups do país — e com certa desvantagem ante as representantes dos setores de finanças e varejo — as agtechs têm se tornado cada vez mais populares e numerosas. Dados da plataforma mostram que em três anos, o número de startups de agronegócio, as agtechs, saltou de 258 para 366 empresas. Juntas, elas já passaram por cerca de 10 rodadas de investimento neste ano.
O Distrito destacou também as características deste setor e as principais tendências para empresas que atuam no agro — entre elas a carne de laboratório. Com maior acesso a capital e a inovações tecnológicas, a expectativa é que startups possam escalar de vez a produção do item, ainda pouco acessível e com preços bem salgados para o consumidor.
“Desde 2017 observamos como ano a ano tem aumentado o volume aportado nas soluções tecnológicas para o agronegócio. Agora, há espaço para maior diversificação à medida que mais investidores voltam sua atenção para as agtechs brasileiras”, diz Gustavo Gierun, CEO do Distrito.
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