Moacy Veiga, do Kinvo: "A ideia é fornecer o dado aberto para o cliente consultar qualquer ativo, bem como todos os fundos semelhantes aos quais ele já tem interesse, para compor uma carteira ideal" (Divulgação/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 10 de abril de 2023 às 13h31.
Uma das principais ferramentas à disposição do investidor brasileiro para consolidar num lugar só as aplicações alocadas em diversas instituições financeiras, a fintech Kinvo acrescentou uma série de novidades ao portfólio nos últimos meses para fazer frente a um cenário de juros altos — e da busca por diversificação da renda variável comum nesses períodos.
O Kinvo foi fundado em 2017 pelo empresário baiano Moacy Veiga, uma das mentes à frente da FuturaInvest DTVM, uma corretora 'light' vendida para o grupo italiano Azimut também em 2017.
“As aplicações estavam concentradas nos grandes bancos, que pouco informam aos clientes sobre o andamento de seus próprios investimentos”, diz Veiga, atual CEO da plataforma.
“Faltavam também explicações claras sobre o que alguns números significam na prática, em termos de performance da carteira.”
Atualmente, o Kinvo tem à disposição informações provenientes de mais de 200.000 conexões ativas com instituições financeiras brasileiras.
São mais de 1 milhão de usuários ativos na ferramenta.
Além de conectar contas em diversas instituições financeiras, o que pode faciltar a gestão e o acompanhamento de investimentos, o Kinvo também oferece:
Para os próximos meses, a plataforma pretende agregar novos investimentos à plataforma.
"A ideia é fornecer o dado aberto para o cliente consultar qualquer ativo, bem como todos os fundos semelhantes aos quais ele já tem interesse, para compor uma carteira ideal", diz Veiga, citando imóveis como um exemplo de produto financeiro a ser agregado à plataforma.
Em outra frente, o desejo é investir em tecnologias para facilitar a predição de cenários a partir dos dados agregados à ferramenta do Kinvo.
"A lógica da inteligência artificial e do machine learning visa maximizar a performance através de análises de dados ao reduzir o tempo e esforço necessário do cliente; melhorando assim a eficiência, precisão e a velocidade das decisões estratégicas”, diz.
Na lista de novidades previstas estão também:
Veiga começou a empreender aos 19 anos, em Salvador, revendendo PCs para colegas da faculdade de tecnologia.
Na virada dos anos 2000, ele foi um dos pioneiros no Brasil a montar um escritório de investimentos no modelo de plataforma para distribuição de produtos de diversas instituições financeiras.
O negócio virou a FuturaInvest DTVM, um negócio que com home broker e outras funcionalidades chegou a ter 6.000 clientes e 900 milhões de reais sob custódia — um valor expressivo para um negócio fora do eixo Rio-SP há mais de 10 anos.
Desde a venda do negócio para a Azimut, Veiga tem dedicado esforços para superar barreiras tecnológicas e de UX para o investidor.
Em setembro de 2021, o Kinvo foi vendido ao BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME).
De lá para cá, Veiga tem alguns números a comemorar.
A plataforma tem atualmente 1,2 milhão de usuários, expansão de 100% desde setembro de 2021.
Por ali os clientes fazem a gestão de 220 bilhões de reais atualmente — 90% acima do patamar da aquisição.