(picture alliance / Colaborador/Getty Images)
Paula Barra
Publicado em 11 de julho de 2021 às 19h44.
Última atualização em 11 de julho de 2021 às 20h20.
O CEO da Tesla, Elon Musk, vai ao Tribunal de Chancelaria de Delaware amanhã, 12, para defender a compra da SolarCity, empresa de painéis solares, realizada em 2016, por 2,6 bilhões de dólares. Se tiver uma sentença desfavorável, o empresário poderá ter que pagar mais de dois bilhões de dólares de sua fortuna pessoal.
A ação é movida por um grupo de acionistas que alega que a compra da companhia pela Tesla foi repleta de conflito de interesses, uma vez que Musk era o maior acionista e presidente da SolarCity na ocasião. O processo também acusa o conselho da Tesla de fraca governança corporativa, por ceder aos desejos do empresário e concordar em comprar uma empresa que passava por dificuldades.
No ano passado, os membros do conselho nomeados no processo fizeram um acordo com os acionistas da Tesla por 60 milhões de dólares, sem admissão de irregularidades. Musk foi o único que decidiu levar a batalha aos tribunais.
O julgamento que começa amanhã estava agendado para março do ano passado, mas foi adiado por conta da pandemia.
No momento da aquisição, há cinco anos, Musk argumentou que o negócio seria transformador, combinando a fabricante líder de veículos elétricos com à época o maior instalador de painéis solares dos Estados Unidos. Os acionistas apontam na ação, no entanto, que a companhia passava por graves dificuldades financeiras antes da operação e não tinha outras opções de se financiar.
Fundada em 2016, por Lyndon e Peter Rive, primos de Musk, a SolarCity gerou perdas de 769 milhões de dólares e 375 milhões de dólares em 2015 e 2014, respectivamente.
Os advogados do empresário, por sua vez, dizem que a companhia era solvente e poderia ter buscado outras formas para captar recursos.