Elon Musk lidera o crescimento das fortunas globais em 2024, impulsionado pela inteligência artificial e pela valorização das ações. (Samuel Corum/Getty Images)
Redator na Exame
Publicado em 3 de janeiro de 2025 às 07h11.
Última atualização em 3 de janeiro de 2025 às 07h39.
Os dez indivíduos mais ricos do mundo encerraram 2024 com um aumento significativo em suas fortunas, acumulando um ganho conjunto de US$ 500 bilhões (R$ 3,08 trilhões). O patrimônio total desse seleto grupo agora ultrapassa R$ 12,32 trilhões (US$ 2 trilhões), valor comparável ao de gigantes como Amazon e Alphabet (dona do Google). As informações são da Business Insider.
Esse aumento de riqueza foi alimentado pelo boom da inteligência artificial, cortes nas taxas de juros promovidos pelo Federal Reserve, a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA e um cenário econômico robusto, que impulsionou o mercado de ações a níveis recordes.
Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, liderou os ganhos, adicionando impressionantes US$ 203 bilhões (R$ 1,25 trilhão) ao seu patrimônio. Ao final de dezembro, sua fortuna estava avaliada em US$ 421 bilhões (R$ 2,59 trilhões). Durante o ano, sua riqueza atingiu o pico de US$ 486 bilhões (R$ 2,99 trilhões), impulsionada pela valorização das ações da Tesla e pela avaliação da SpaceX, que alcançou US$ 350 bilhões (R$ 2,15 trilhões).
Mark Zuckerberg, da Meta, e Jensen Huang, da Nvidia, também tiveram ganhos expressivos, com aumentos em torno de US$ 80 bilhões (R$ 493 bilhões) cada, refletindo o sucesso de suas empresas. Já Larry Ellison, cofundador da Oracle, e Jeff Bezos, fundador da Amazon, acumularam entre US$ 60 bilhões (R$ 370 bilhões) e US$ 80 bilhões (R$ 493 bilhões).
Michael Dell, fundador da Dell, aumentou sua fortuna em R$ 277 bilhões (US$ 45 bilhões), enquanto os cofundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, adicionaram US$ 42 bilhões (R$ 259 bilhões) e US$ 38 bilhões (R$ 234 bilhões), respectivamente, aos seus patrimônios.
Os herdeiros do Walmart — Jim, Alice e Rob Walton — também se beneficiaram do ambiente econômico positivo. Cada um aumentou sua fortuna em US$ 38 bilhões (R$ 234 bilhões), ultrapassando pela primeira vez o marco de US$ 100 bilhões (R$ 616 bilhões).
Warren Buffett, por sua vez, encerrou o ano com um aumento de R$ 136 bilhões (US$ 22 bilhões), elevando sua fortuna total para US$ 142 bilhões (R$ 874 bilhões).
Enquanto muitos bilionários expandiram suas riquezas, outros registraram perdas. Bernard Arnault, fundador da LVMH, viu sua fortuna cair de US$ 230 bilhões (R$ 1,41 trilhão) em março para US$ 176 bilhões (R$ 1,08 trilhão) em dezembro, caindo da primeira para a quinta posição no ranking dos mais ricos.
Outros nomes que enfrentaram declínios incluem o indiano Mukesh Ambani, o mexicano Carlos Slim, o magnata Gautam Adani e Françoise Bettencourt Meyers, herdeira da L'Oréal.
O entusiasmo dos investidores com a inteligência artificial foi um dos principais motores do crescimento das fortunas. Empresas como Nvidia, Tesla e Microsoft, que desempenham papéis-chave na revolução tecnológica, se destacaram no mercado.
Além disso, os cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve tornaram ações mais atraentes em comparação a títulos públicos, estimulando o investimento em renda variável.
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais trouxe otimismo ao mercado, com promessas de políticas pró-crescimento, como cortes de impostos e desregulamentação. Tesla, em particular, foi beneficiada, pois muitos investidores acreditaram que a proximidade de Musk com o futuro presidente traria vantagens estratégicas para a empresa.