VISIONÁRIO: o empresário Elon Musk planeja chegar a Marte em 2018 / Justin Sullivan/Getty Images (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2016 às 05h41.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h15.
Nos próximos dois dias, o empresário sul-africano Elon Musk estará onde mais gosta – no centro dos holofotes. Ele comanda um império avaliado em 50 bilhões de dólares, está à frente de empresas que produzem carros elétricos, painéis de energia solar, foguetes, trens de alta velocidade.
Seu principal negócio, a montadora Tesla divulga os resultados do primeiro trimestre nesta quarta-feira e, na quinta, a empresa de explorações espaciais SpaceX coloca em órbita o satélite de uma rede de televisão japonesa, numa missão do foguete Falcon 9. Foi com ele que a SpaceX provou que pode fabricar foguetes reutilizáveis, que conseguem pousar após os lançamentos.
A Tesla deve divulgar um aumento de 45% no faturamento, para 1,6 bilhão de dólares no trimestre. O lucro, como se esperava, não vem: prejuízo previsto de 80 milhões de dólares. As unidades vendidas também devem vir abaixo do previsto – 14.800 ante 16.000. Mas não há motivos para preocupação: a companhia diz que o objetivo de vender 90.000 carros este ano segue firme.
Musk vai manter o discurso de que olha lá na frente e, portanto, lucro não é prioridade. A Tesla deve investir em inovação 400 milhões de dólares este ano. No fim de 2017, lançará seu primeiro carro popular, o Model 3, que já tem 435.000 reservas. Com essa perspectiva, para que se preocupar com 80 milhões de perdas?
Na SpaceX, a estratégia é parecida. A empresa começou como uma startup em 2002 e, hoje, vale 12 bilhões de dólares. A meta? Conseguir pousar em Marte em 2018. Perto desse desafio, a Tesla e seus carros elétricos parecem coisa de adolescente. Se nem a montadora, fincada no planeta Terra, consegue fechar no azul, imagine a empresa de explorações espaciais. Musk não parece muito preocupado. O sonho, por enquanto, está ganhando.