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Elliott, de Paul Singer, é credor da Avianca, dizem fontes

Um dos parceiros misteriosos é a Elliott Management, e a empresa está trabalhando com uma assessoria para avaliar operações da Avianca, dizem fontes


	Paul Singer: entre os principais pontos avaliados estão os possíveis benefícios de assumir o controle de outra empresa aérea do Brasil controlada pelos irmãos Efromovich, disse fonte
 (World Economic Forum/Wikimedia Commons)

Paul Singer: entre os principais pontos avaliados estão os possíveis benefícios de assumir o controle de outra empresa aérea do Brasil controlada pelos irmãos Efromovich, disse fonte (World Economic Forum/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2016 às 18h16.

No final de abril, a Avianca Holdings inseriu, em um comunicado de 165 páginas ao mercado, uma informação enigmática: o acionista controlador da empresa aérea colombiana havia comprometido a maior fatia de sua participação com credores não identificados.

A informação gerou uma onda de especulações entre os investidores: quem estava por trás deste acordo com os acionistas controladores, os irmãos Germán e José Efromovich?

Ocorre que um dos parceiros misteriosos é a Elliott Management, de Paul Singer, e a empresa está trabalhando com uma assessoria, a Seabury Group, que visitou Bogotá para avaliar as operações da Avianca, segundo duas pessoas informadas sobre o assunto, que pediram anonimato porque a informação é privada.

Entre os principais pontos avaliados estão os possíveis benefícios de assumir o controle de outra empresa aérea do Brasil controlada pelos irmãos Efromovich, disse uma das pessoas.

Germán Efromovich, que é também presidente do conselho da Avianca, preferiu não comentar sobre as ações prometidas pela empresa controladora.

“Ainda são meus próprios ativos, por isso não consigo ver como isto pode provocar algum dano ou fazer alguma diferença”, disse Efromovich, em entrevista.

No ano passado, a Avianca Holdings rejeitou uma proposta para comprar a empresa de capital fechado OceanAir Linhas Aéreas, que opera como Avianca Brasil, disseram pessoas familiarizadas com o assunto em outubro.

A empresa colombiana também havia rejeitado uma opção de aquisição da empresa aérea brasileira em 2010. Além disso, ainda era devido à firma colombiana dinheiro de capital de giro fornecido à brasileira enquanto a opção estava pendente, segundo o comunicado de abril ao mercado.

A Seabury e a Elliott preferiram não comentar. A Avianca disse que não poderia comentar sobre seus acionistas e encaminhou as perguntas a Germán Efromovich.

Os irmãos Efromovich, por meio da Synergy Aerospace, possuem 78 por cento das ações ordinárias da Avianca Holdings.

O restante das ações ordinárias é de propriedade de um investidor minoritário que tem poder de veto sobre algumas decisões da empresa aérea. Apenas as ações preferenciais são negociadas em bolsa.

Esta não é a primeira vez que Efromovich prometeu ações como garantia de empréstimos. Em 2014, a Avianca revelou que 19 por cento das ações ordinárias da Synergy respaldavam um empréstimo com o Citigroup e seus afiliados.

No relatório anual apresentado em abril aos órgãos reguladores dos EUA, a empresa disse que a maior fatia da participação da Synergy atualmente está comprometida. A maior parte foi para a Elliott, disse uma pessoa.

Enquanto isso, a Avianca vem procurando um sócio que possa realizar um investimento de capital significativo na empresa aérea, disse Efromovich no mês passado, em entrevista à W Radio.

A Avianca e a Avianca Brasil sentiram o golpe em um momento em que as empresas aéreas latino-americanas como um todo sofrem com a queda da demanda e a desvalorização das moedas.

Os lucros devem melhorar no segundo semestre do ano, mas o balanço da Avianca Holdings está “bastante estirado”, com o caixa e a dívida de curto prazo quase nos mesmos níveis, escreveram analistas do Bank of America em um relatório em 11 de julho. Uma capitalização de um parceiro estratégico faria sentido e eliminaria a preocupação com o balanço, apontou o relatório.

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