Negócios

Eli Lilly defende patente com estratégia pouco usual

Companhia pode obter US$ 15 bilhões se ganhar a batalha de patentes contra a fabricante de genéricos Teva Pharmaceutical


	Eli Lilly: companhia está usando uma estratégia pocuo usual para defender a patente do medicamento Alimta
 (Simone Baribeau/Bloomberg)

Eli Lilly: companhia está usando uma estratégia pocuo usual para defender a patente do medicamento Alimta (Simone Baribeau/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2013 às 18h53.

A Eli Lilly, que enfrenta uma das piores disputas de patentes em sua história, pode obter 15 bilhões de dólares em alívio se ganhar a batalha de patentes contra a fabricante de medicamentos genéricos Teva Pharmaceutical Industries.

Embora uma vitória da Lilly não seja amplamente esperada, uma série de advogados de patentes e analistas da indústria dizem que a patente sendo desafiada pela Teva, a partir desta segunda-feira num tribunal federal em Indianápolis, passará por aprovação legal.

No último verão do Hemisfério Norte, o Tribunal de Apelação dos EUA em Washington manteve a validade da patente de base na estrutura química do Alimta. Isso protegeu o medicamento para câncer de pulmão da Lilly contra os genéricos até janeiro de 2017.

O tribunal de Indianápolis vai pesar os méritos de um "método de utilização" de patente em separado no caso do Alimta. Se o tribunal mantiver a patente, a Lilly seria capaz de afastar as alternativas genéricas para o Alimta até 2022.

A patente chamada '209 patent cobre a administração de dois nutrientes- ácido fólico e vitamina B2 - aos pacientes antes que recebam o Alimta, para prevenir efeitos colaterais da droga. A bula do Alimta instrui médicos a administrar os nutrientes antes e durante o uso do medicamento.

Para um genérico ganhar aprovação, normalmente ele tem que copiar a linguagem do rótulo do medicamento de marca, disse Ben Hsing, sócio do escritório de advocacia de Kaye Scholer, em Nova York, em uma entrevista recente.

Mas os genéricos poderiam ter dificuldade nisso por causa de descrições patenteadas da Lilly sobre a necessidade de tomar nutrientes e sobre como fazê-lo, disse Hsing, que no ano passado defendeu com sucesso o Tarceva, droga para câncer de pulmão da Roche, de ação movida pela fabricante de medicamento genérico Mylan.

"Esta é a primeira vez que eu ouvi falar de uma empresa indo por esse caminho para defender a patente, pela adição de nutrientes" para um regime de drogas, disse Les Funtleyder, estrategista de saúde na empresa de investimento Poliwogg. "Assim, o provável resultado deste caso não é claro." A visão da maioria, no entanto, é que a Teva vai prevalecer sobre Lilly, de acordo com o analista da Morningstar Damien Conover, que disse que a maioria dos métodos sobre o uso de patentes não se mantém em decisões nos tribunais.

Acompanhe tudo sobre:Eli LillyEmpresasEmpresas americanasFarmáciasIndústria farmacêuticaPatentesRemédios

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'