A receita líquida da companhia foi de 2,195 bilhões de reais, alta de 3,9 por cento na comparação anual (Germano Luders/Exame)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2010 às 19h57.
São Paulo - As reduções dos custos de energia comprada para revenda, menores despesas com pessoal e entidades privadas e menores despesas com provisão para contingências elevaram o lucro líquido e a geração de caixa da Eletropaulo no terceiro trimestre.
A distribuidora de energia do grupo AES, que atua na região metropolitana de São Paulo, registrou lucro líquido de 288,6 milhões de reais entre julho e setembro, aumento de 22,7 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado ficou acima da média das estimativas de seis analistas obtidas pela Reuters, de lucro de 240,1 milhões de reais.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 488,6 milhões, contra 445,1 milhões de reais um ano antes e projeção média de analistas de 493,1 milhões de reais. A margem Ebitda foi de 22,3 por cento, crescimento de 1,2 ponto percentual.
"É importante mencionar... que recebemos em agosto de 2010 o pagamento parcial da segunda parcela (no valor de 37,5 milhões de reais) do acordo com a Prefeitura Municipal de São Paulo", disse a Eletropaulo.
A receita líquida da companhia foi de 2,195 bilhões de reais, alta de 3,9 por cento na comparação anual. O crescimento foi consequência, segundo a empresa, do aumento do consumo de clientes cativos de 2 por cento em relação ao mesmo período de 2009, para 8.915 gigawatts-hora (GWh); da evolução de 4,4 por cento no mercado total, para 10.937 GWh; e ao reajuste tarifário.
Segundo a empresa, no terceiro trimestre o consumo residencial cresceu 0,7 por cento ante o mesmo período do ano passado, enquanto o consumo industrial avançou 1,1 por cento. O consumo comercial, por sua vez, subiu 4 por cento, enquanto o do Poder Público e Outros (consumidores rurais, iluminação pública, poderes públicos, tração elétrica, água/esgoto) subiu 3,6 por cento ante os mesmos meses do ano passado.
Já o consumo dos clientes do mercado livre subiu 16,8 por cento ante o terceiro trimestre de 2009, "quando os efeitos da crise financeira global ainda eram sentidos no consumo de energia".