Othon da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, justificou o pedido de demissão como a melhor forma de buscar a defesa de seus direitos (Agência Câmara)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2015 às 21h59.
São Paulo - A Eletrobras informou nesta quarta-feira, 5, que a controlada Eletronuclear recebeu do vice-almirante Othon Luiz Ribeiro da Silva o pedido de demissão do cargo de diretor presidente da empresa. Até então, ele estava licenciado.
Silva foi preso temporariamente, depois que foi deflagrada a 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Radioatividade, que apura irregularidades em contratos da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras que opera as usinas termonucleares Angra 1 e Angra 2 e constrói Angra 3.
Desde abril, quando surgiram as primeiras evidências de irregularidades, o executivo não recebia rendimentos.
O ex-dirigente justificou o pedido de demissão como sendo a melhor forma para buscar a defesa de seus direitos sem causar prejuízos aos interesses da Eletronuclear, bem como buscando preservar a independência dos procedimentos da investigação em curso.
De acordo com comunicado da Eletrobras, o atual diretor de Operações da Eletronuclear, Pedro José Diniz de Figueiredo, permanecerá interinamente como diretor presidente da Eletronuclear.
Ontem, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, noticiou que, segundo fonte, o conselho de administração da Eletronuclear decidiu, em reunião na última sexta-feira, solicitar mais informações ao departamento jurídico a respeito das denúncias na companhia, antes de tomar medidas mais contundentes.
O colegiado também solicitou atualizações ao escritório anglo-americano Hogan Lovells, que foi contratado em junho para fazer uma investigação interna.
Segundo a fonte, o resultado da auditoria é esperado para ser entregue em setembro.