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Eletrobras pede ao governo investimento de R$ 12 bilhões

Após apresentar prejuízo de R$ 6 bilhões em 2013 e perder R$ 19 bilhões por renovar concessões, estatal negocia aporte para se reequilibrar


	Tempestade na Eletrobras: estatal precisará de aportes do governo para tentar se reerguer  
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Tempestade na Eletrobras: estatal precisará de aportes do governo para tentar se reerguer   (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 11h18.

São Paulo - A Eletrobras está negociando com o governo brasileiro uma injeção de 12 bilhões de reais para tentar sair do sufoco. A estatal apresentou o segundo maior prejuízo de 2013, atrás apenas da OGX. Foram 6,2 bilhões de reais perdidos e, como consequência, ela foi a pior estatal da bolsa em termos de desempenho operacional, superando até a Petrobras.

Agora, ela espera receber recursos como forma de pagamento por investimentos feitos no sistema de transmissão e melhorias em usinas antes de 2000, diz o jornal Folha de S. Paulo. O acerto desses valores será feito de acordo com os critérios da Aneel e com o aval dos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia. 

De qualquer forma, se os investimentos forem feitos, quem pagará a conta serão os consumidores, num espaço de até 30 anos.

Segundo o jornal, a estatal não espera receber o dinheiro imediatamente e a expectativa é que a agência reguladora solte sua proposta até maio deste ano.

O pedido de negociação acontece meses após uma reunião do conselho da Eletrobras em dezembro de 2013, em que os executivos discutiram o futuro da empresa. Nela, um outro dado desconcertante foi apresentado: a estatal poderia ter ganhado 19 bilhões de reais no ano passado, segundo o jornal Valor Econômico.

A receita extra teria entrado caso a empresa não tivesse aderido à proposta de prorrogação antecipada das concessões de geração e transmissão, em 2012. Se tivesse ficado de fora do acordo, no ano seguinte poderia ter se beneficiado do alto preço da energia no mercado de curto prazo.

Marcelo Gasparino, um do conselheiros responsáveis pelo cálculo, vê a empresa em uma situação crítica. "Se continuar dessa maneira, a Eletrobras precisará ser capitalizada ainda este ano para sobreviver", disse ao jornal.

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