Negócios

Eletrobras investirá R$ 13 bi em 2014, diz presidente

O valor é superior aos investimentos de R$ 11 bilhões estimados pela companhia para este ano, o que representa 82% do orçamento previsto de R$ 13,4 bilhões


	Linhas de transmissão da Eletrobras: a parceria com a State Grid é estratégica para a Eletrobras
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Linhas de transmissão da Eletrobras: a parceria com a State Grid é estratégica para a Eletrobras (Adriano Machado/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 15h51.

Rio - O Grupo Eletrobras irá investir R$ 13 bilhões nas áreas de geração, transmissão e distribuição em 2014, anunciou o diretor-presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, durante almoço com jornalistas. O valor é superior aos investimentos de R$ 11 bilhões estimados pela companhia para este ano, o que representa 82% do orçamento previsto de R$ 13,4 bilhões.

O executivo revelou ainda que a empresa estuda disputar o leilão de transmissão de Belo Monte, marcado para fevereiro de 2014, em parceria com a chinesa State Grid. "Possivelmente vamos disputar o leilão em parceria com a State Grid", afirmou Carvalho Neto. O acordo preliminar entre as partes foi assinado semana passada.

A parceria com a State Grid é estratégica para a Eletrobras. A estatal chinesa é líder global na tecnologia de linhas de transmissão de ultra tensão (800 kV), que será a tecnologia adotada pelo governo brasileiro para o sistema de escoamento da energia da hidrelétrica de Belo Monte. Atualmente, a Eletrobras domina a tecnologia de transmissão de alta tensão (765 kV), usada no sistema de transmissão de Itaipu.

A estatal federal, por meio do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), está investindo R$ 320 milhões para construir o laboratório nacional de pesquisa voltado para o desenvolvimento da tecnologia brasileira de linhas de transmissão em ultra tensão.

Escritórios

De acordo com Carvalho Neto, o Grupo Eletrobras planeja avançar no plano de unificar os seus escritórios na cidade do Rio de Janeiro e Brasília. A medida faz parte da estratégia para reduzir o custeio em 30% para fazer frente à perda de receita provocada pela renovação das concessões de geração e transmissão no fim de 2012. "Isso permitirá o compartilhamento de todos os recursos corporativos de tecnologia de informação, de recursos humanos e sistemas de suprimento", disse.

Segundo o executivo, a empresa vem estudando a fundo unificar os diversos escritórios do grupo no Rio em um único endereço. Uma das possibilidades seria consolidar os escritórios da holding da Eletrobras, da Eletropar, Eletronuclear e a parte administrativa do Cepel no prédio de Furnas, no bairro de Botafogo. "Como houve uma redução no quadro de funcionários, existiria espaço para isso", afirmou.

Para abrigar as quatro empresas no mesmo endereço, Carvalho Neto afirmou que seria necessário construir um novo prédio dentro do terreno onde está localizada a sede de Furnas. "Para trazer o escritório da Eletrobras e da Eletropar, o prédio atual seria o suficiente. Para trazer a Eletronuclear, seria necessário construir um prédio", justificou. Caso isso ocorresse, o executivo deixou claro que o edifício seria construído ou pelo fundo de pensão Eletros ou pela Fundação Real Grandeza, que alugariam o espaço para a Eletrobras.

A intenção da estatal federal também é consolidar os seus escritórios comerciais em Brasília em um único endereço. A capital federal é a sede da Eletrobras, das distribuidoras federalizadas e da Eletronorte, além de possuir escritórios de representação de Furnas, Chesf, Eletronuclear e Eletrosul. "Essa medida reduziria substancialmente as nossas despesas com aluguel, além de diminuir os gastos com os serviços complementares, como segurança, logística, bombeiros e eletricistas", explicou o executivo.

A expectativa da companhia é de colocar em prática esse plano ao longo de 2014. "Precisamos concluir algumas análises e estudos, mas queremos efetivar isso em 2014", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:Desenvolvimento econômicoEletrobrasEmpresasEmpresas estataisEnergia elétricaEstatais brasileirasHoldingsInvestimentos de empresasServiços

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'