Negócios

Eles quase quebraram no começo da pandemia. Três anos depois, venderam a startup por R$ 18 milhões

O trio criou a Becon, empresa que precisou pivotar para sobreviver no período da pandemia. Em 2022, o negócio fechou com R$ 5 milhões em faturamento. 

Bruno Siedschlag, Lucas Schiochet e Philippe Silveira, da Becon: "É muito importante ter sócios que se apoiam nessas épocas mais desafiadoras" (Becon/Divulgação)

Bruno Siedschlag, Lucas Schiochet e Philippe Silveira, da Becon: "É muito importante ter sócios que se apoiam nessas épocas mais desafiadoras" (Becon/Divulgação)

Estímulo
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Estímulo

Publicado em 8 de julho de 2023 às 08h01.

O projeto no famoso powerpoint é a parte mais bonita e tranquila na vida de quem se propõe a empreender – e as dificuldades e os perrengues são a realidade e a luta diária. Com Lucas Schiochet, Bruno Siedschlag e Philippe Silveira não foi diferente. 

“É fácil aparecer agora dizendo que tudo é lindo. Porém, sabemos que a dor do empreendedor está nas decisões do dia a dia”, diz Schiochet. “Criamos empresas que não deram certo, nos deparamos com muitas negativas, além da alta burocracia, que impede muito o empreendedorismo de crescer no nosso país”.

Os três sócios estão por trás da Becon, uma startup criada em Joinville, Santa Catarina, em 2017, para oferecer serviços de wi-fi para espaços físicos como bares, shopping centers e restaurantes

Na pandemia, o negócio teve que se transformar e desenhar toda uma oferta de serviços. “Mudamos produtos, reformulamos o modelo e não desistimos, mesmo nos momentos mais difíceis. É muito importante ter sócios que se apoiam nessas épocas mais desafiadoras”, afirma Silveira. 

Como a empresa pivotou

Como nova estratégia, o trio apostou em criar uma plataforma de automação e atendimento via WhatsApp. Os robôs ajudam as empresas no aumento das vendas e gestão dos atendimentos no WhatsApp. Para manter o negócio, a empresa teve que ir em busca de capital no mercado e encontrou o crédito mais escasso e, por consequência, mais caro.

Foi neste momento que a Becon se conectou com o Estímulo, fundo social surgido na pandemia de Covid-19 para dar apoio financeiro de baixo custo para pequenos e médios negócios. A instituição já ajudou cerca de 3 mil empreendedores. 

A startup levantou quatro linhas de crédito com o fundo, cerca de R$300 mil no total, capital fundamental para impulsionar os rumos do negócio. “Não tivemos que parar e continuamos a operação”, afirma Siedschlag. “Foi assim que tomamos corpo para fortalecer a Becon e torná-la atrativa aos olhos do mercado”.

Qual é o futuro do negócio

O valor entrou para cobrir os custos do dia a dia e os investimentos para atrair novos clientes, dando um novo fôlego e ajudando a posicionar a Becon no mercado. A startup chegou a ser acelerada pela Meta, dona do WhatsApp, além de ter recebido rodadas de investimento do Sebrae, BRDE, Join.vc, Bossa Nova e Raja Valley.

Em 2022, o negócio fechou com R$ 5 milhões em faturamento, 23 colaboradores e mais de 216 clientes. 

A trajetória chamou a atenção da paulista CRM&Bonus, uma plataforma de recompensas para clientes do varejo com 1,7 mil clientes distribuídos por Brasil, Portugal e México. A empresa adquiriu a Becon nos primeiros meses do ano por R$ 18 milhões.

Com a compra, a CRM irá trocar seu canal de mensagens de SMS para o aplicativo. O custo do WhatsApp é maior, mas a taxa de abertura de mensagens é oito vezes maior que a taxa de abertura de SMS. A expectativa agora é de aumentar em quatro vezes o faturamento da Becon em 12 meses

Acompanhe tudo sobre:WhatsAppMeta

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