Conselho da Usiminas decidiu destituir Souza do cargo sob acusação de que ele fez um acordo que teria violado o estatuto da empresa (Kiko Ferrite/Exame)
Reuters
Publicado em 24 de março de 2017 às 11h56.
São Paulo - O grupo siderúrgico Nippon Steel afirmou nesta sexta-feira que a eleição do executivo Sergio Leite para a presidência-executiva da Usiminas é inválida e por isso vai recorrer à Justiça.
A eleição de Leite ocorreu na véspera durante reunião extraordinária do conselho de administração da siderúrgica brasileira.
"A Nippon Steel acredita que a eleição foi uma clara violação do acordo de acionistas da Usiminas, que exige consenso prévio entre a Nippon Steel e o grupo Ternium para a nomeação e remoção de presidente-executivo", afirmou a Nippon Steel em comunicado em inglês.
"A Nippon Steel acredita que a resolução de 23 de março viola claramente o acordo de acionistas e sem uma razão legítima e que, portanto, é inválida. A Nippon Steel tomará todas as medidas legais necessárias, entre outras, para anular a resolução de 23 de março", acrescentou o grupo japonês.
A eleição da véspera, decidida por maioria de votos, foi uma repetição de episódio semelhante ocorrido cerca de um ano antes, quando o então presidente-executivo da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, foi retirado do posto, sendo substituído por Leite, que acabou ficando apenas alguns meses no comando da siderúrgica antes de a Justiça de Minas Gerais ter aceito recurso da Nippon Steel para anular a mudança.
Desta vez, o conselho da Usiminas decidiu destituir Souza do cargo sob acusação de que ele fez um acordo que teria violado o estatuto social e regras de conformidade da Usiminas, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto.