Diego Brites Ramos, da Teltec: "O aumento e a sofisticação dos ciberataques estão motivando os gestores a colocar a segurança da informação como prioridade" (Divulgação/Divulgação)
Editor de Negócios e Carreira
Publicado em 12 de setembro de 2024 às 08h16.
Última atualização em 12 de setembro de 2024 às 11h02.
Os gastos das empresas com sistemas contra ataques virtuais vieram para ficar e estão crescendo ano sim e outro também.
Em 2024, o mercado brasileiro de segurança da informação deve expandir 16%, com faturamento de 1,7 bilhão de dólares, de acordo com a consultoria IDC, uma das mais respeitadas em tendências de tecnologia.
É uma alta acima da média global neste ano, de 14%, segundo o Gartner, outra fonte respeitável do setor. Mundo afora as empresas vão investir 215 milhões de dólares em sistemas contra hackers.
Tudo isso porque os ataques virtuais crescem dia após dia. No mundo, o volume de invasões a sistemas das empresas cresce 20% todos os anos.
No primeiro trimestre de 2024, as empresas brasileiras tiveram 38% mais invasões a seus sistemas do que no mesmo período do ano passado, segundo a empresa de segurança Check Point Research. São mais de 2.000 registros de ciberataques todas as semanas, em média, só no Brasil.
Para o empreendedor catarinense Diego Brites Ramos tudo isso é motivo para mais uma guinada nos negócios de sua empresa, já acostumada a farejar novas avenidas de crescimento e 'disruptar' o negócio como um todo.
Brites Ramos é CEO da Teltec, uma empresa de infraestrutura de Florianópolis fundada pelo pai dele nos anos 90 para instalar cabos e antenas de telefonia fixa no interior de Santa Catarina.Com a universalização da telefonia na década seguinte, a Teltec apostou na venda de produtos de grandes empresas de tecnologia, como Cisco e Microsoft, para empresas em busca de soluções como computação na nuvem.
A capacidade de absorver tecnologias fez da Teltec uma empresa que cresce todos os anos. Um sinal disso é a participação da Teltec nas três edições do ranking EXAME Negócios em Expansão, o maior anuário do empreendedorismo do Brasil.
Em 2023, a Teltec reportou no ranking uma receita operacional líquida de 204 milhões de reais, uma alta de 13,51% na comparação com o ano anterior.
Foi a 34º maior expansão entre as empresas com receitas de 150 a 300 milhões de reais no país.
Ao que tudo indica, os resultados de 2024 vão garantir mais um ano de destaque para a Teltec. No primeiro semestre, a empresa conquistou 60 novos clientes e expandiu a receita em 15,6%. O faturamento previsto para o ano deve superar os 270 milhões de reais.
Em boa medida, a preocupação dos clientes com ataques virtuais alavancou os números.
"O aumento e a sofisticação dos ciberataques estão motivando os gestores a colocar a segurança da informação como prioridade", diz Brites Ramos. "Estamos prontos para atender a essa demanda, sempre nos antecipando às tendências e com um time altamente qualificado."
Para conquistar essa demanda crescente, a aposta de Brites Ramos é em treinamento dos times da Teltec. Os funcionários da empresa têm mais de 320 certificações em temas como governança e segurança dos dados.
Recentemente, a Teltec recebeu um prêmio da Microsoft como o Parceiro do Ano nas Américas, um reconhecimento destinado a implementadores de tecnologias que atestaram a capacidade técnica junto ao cliente final.
Tudo isso tem sido um bom cartão de visitas na hora de fechar negócios com grandes clientes."Hoje nossa marca tem crescido bastante também no mercado de enterprise, que nos reconhece como uma provedora de tecnologia sempre à frente das tendências e pronta para acompanhar o crescimento de qualquer tipo de negócio, por meio de especialistas altamente qualificados", diz Brites Ramos.
Além de CEO da Teltec, Brites Ramos assumiu recentemente a presidência da Acate, a associação catarinense de tecnologia, uma das mais ativas do país na defesa dos interesses de startups.
A chegada dele coincide com o título concedido à Florianópolis como 'Capital Nacional das Startups' em função da alta densidade de negócios de tecnologia. Por ali, há 7 startups a cada 1.000 habitantes.
Nas horas vagas, o executivo é um fã apaixonado do futebol americano e esteve no primeiro jogo da NFL, a principal liga do esporte, no Brasil, na semana passada. Leia aqui o relato dele sobre a experiência.
O ranking EXAME Negócios em Expansão é uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). O objetivo é encontrar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses.
Em 2024, a pesquisa avaliou as empresas brasileiras que mais conseguiram expandir receitas ao longo de 2023.
A análise considerou os negócios com faturamento anual entre 2 milhões e 600 milhões de reais. Após uma análise detalhada das demonstrações contábeis das empresas inscritas, a edição de 2024 do ranking foi lançada no dia 24 de julho.
São 371 empresas de 23 estados brasileiros que criam produtos e soluções inovadoras, conquistam mercados e empregam milhares de brasileiros.