"Hoje, nós fabricamos 200 mil donuts por mês", diz o empreendedor (Good Cup Donuts/Divulgação)
Isabela Rovaroto
Publicado em 19 de janeiro de 2023 às 10h00.
Última atualização em 20 de janeiro de 2023 às 09h35.
Não ter um emprego CLT é o maior pesadelo de muitas pessoas. A falta de estabilidade atormenta quem está em busca de uma vaga no mercado formal de trabalho. Porém, para o publicitário Nicholas Acquaviva, que começou a empreender aos 21 anos, a carteira com um único registro não gera incômodo. "Eu só tive um emprego de carteira assinada por que a faculdade pedia", diz.
Depois da breve experiência de trabalho em um banco, ele decidiu empreender. Primeiro, trabalhou com o pai em uma hamburgueria. Depois de quatro anos, decidiu criar sua própria marca de donuts. Segundo o empreendedor, havia poucos negócios no Brasil que vendiam o doce americano. Hoje, a The Good Cop Donuts é uma rede de franquias com 35 unidades e faturamento de R$ 20 milhões.
Acquaviva é de uma família de empreendedores. Seguir por esse caminho não foi uma escolha difícil. Depois de ter a experiência com o pai na hamburgueria Stunt Burguer, ele decidiu criar seu empreendimento de donuts em um ponto que a família aluga há 30 anos no Itaim, em São Paulo.
Em 2019, ele investiu cerca de R$ 50 mil para adaptar a loja de bolos na primeira unidade do seu negócio.
Filho de produtor de abacaxis do interior de MG, ele criou franquia de sorveterias de R$ 600 milhões
Ele atravessou a primeira fase da pandemia com a sua única operação, mas buscou uma consultoria para estruturar o projeto de franquia. O delivery funcionou muito bem e rapidamente triplicou de tamanho.
Hoje, a marca trabalha com mais de 30 sabores de donuts. Entre os mais vendidos estão o 'Panda Nutella' e o 'Homer', donut clássico coberto com fondant rosa e granulado colorido. O valor de cada unidade varia entre R$12,90 e R$ 22,90. Os combo, que podem ter quatro, seis ou doze unidades, custam entre R$ 45,60 e R$ 124,80.
Acquaviva admite que tinha um pé atrás com franquias. Para ele, franquear um negócio significava perda de qualidade. "Eu queria ficar com uma loja só. Não pensava em franquear a marca, mas desde o início as pessoas demostravam interesse em se tornar um franqueados", diz.
A ideia de franquear a marca de donuts se tornou mais atrativa quando o empreendedor percebeu que era possível criar uma cozinha central, responsável pela produção da massa, e depois realizar a distribuição do produto para os franqueados. A cozinha central da marca na capital paulista fica localizada no Morumbi.
"As unidades franqueadas não precisam se preocupar com a compra de ingredientes e receita. Hoje, nós fabricamos 200 mil donuts por mês", diz o empreendedor.
De botequeiro a empreendedor: ele fatura R$ 2,5 milhões com a venda de cachaça de jambu
A Good Cop Donuts tem atualmente três modelos de franquias:
A maioria das unidades estão em São Paulo e na região metropolitana, como Osasco e na região do ABC. Litoral paulista e cidades no interior, como Campinas, também já tem unidades.
Outra frente de atuação da marca neste ano será a expansão do portfólio de produtos. Acquaviva conta que o milkshake, por exemplo, já está no cardápio de algumas unidades. Além disso, parcerias com outras marcas devem continuar. "Nós já fizemos donuts sazonais com a Hello Kit e com a Nickelodeon, funcionou muito bem", conta.
Para 2023, a expectativa é abrir pelo menos mais 40 unidades. Eles começam o ano com 10 lojas vendidas e com contrato assinado. O faturamento deve chegar a R$ 50 milhões.
VEJA TAMBÉM: