Com 30 anos, a britânica já arrecadou mais de 500 milhões para seu aplicativo (The C-Word Mag/Reprodução)
Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 12h32.
A empreendedora Nicola Gunby e seu parceiro Jason Iliffe enfrentaram um desafio inesperado ao se mudarem para Londres: a dificuldade de construir um ciclo social genuíno. Eles esperavam mergulhar na vida noturna londrina e rapidamente fazerem vários amigos, mas, apesar da abundância de pessoas, criar conexões autênticas era um desafio.
Gunby tentou de tudo. Ela participou de eventos de empreendedorismo, mas achou o ambiente muito corporativo. Aplicativos como o Bumble promoviam encontros 'muito transacionais', e grupos de Facebook eram 'totalmente obsoletos'.
A frustração se transformou em inspiração: o problema não era dela, era sistêmico. Foi assim que nasceu a ideia do Cliq, um aplicativo de networking projetado para ajudar as pessoas a se encontrarem pessoalmente, com base em interesses em comum e sem segundas intenções: o propósito inicial do aplicativo é encontrar amigos. As informações foram retiradas do CNBC Make It.
Fundado em fevereiro de 2023, o Cliq se diferencia das redes sociais tradicionais ao promover comunidades baseadas em interesses comuns, como corrida, leitura, pilates e até grupos de fé.
O objetivo é simples: facilitar encontros presenciais e fomentar amizades reais. “É apenas uma forma de tornar mais fácil conhecer pessoas de maneira autêntica," explicou Gunby. "Queremos ensinar as pessoas a largarem o celular, o que é muito difícil hoje em dia.”
O diferencial do Cliq está em sua abordagem híbrida: uma ponte entre o digital e o presencial.
O aplicativo permite que os usuários se conectem online com base em interesses compartilhados e, em seguida, participem de eventos presenciais, o que reduz o desconforto típico de encontros sociais entre desconhecidos.
“Se você vai a um clube de corrida, talvez seja tímido e não queira falar sobre si mesmo, mas pode comentar sobre a corrida. Em um clube do livro, você fala sobre o livro. Ter um interesse em comum torna tudo mais fácil”, complementou.
Desde o lançamento, o aplicativo já arrecadou £529.000 (cerca de US$ 646.000 ou quase R$ 3.8 milhões no momento de escrita desta matéria) em investimentos e construiu uma base de 100.000 usuários em todo o mundo, com mercados fortes nos Estados Unidos, Austrália e Bali, além do Reino Unido.
O impacto do Cliq vai além da proposta de conectar pessoas.
Em 2023, o então Cirurgião-Geral dos EUA, Vivek Murthy, destacou, em relatório, que a solidão representa um risco crescente para a saúde física, contribuindo para condições como demência, AVC e até morte prematura.
Uma pesquisa global da consultoria Gallup, por sua vez, revelou que uma em cada cinco pessoas se sente solitária “durante grande parte do dia”, o que está associado a sentimentos de raiva e dor física.
Para Gunby, o isolamento é um problema que a tecnologia, ironicamente, ajudou a agravar.
“Sentimos que estamos conectados por meio dos nossos telefones, pois podemos ver o que nossos amigos ou influenciadores estão fazendo o tempo todo, mas, nós nunca encontramos muitas dessas pessoas, então, no fundo, não estamos conectados,” finalizou.
O caso do Cliq ilustra como startups podem transformar desafios sociais em oportunidades de negócios lucrativas. O sucesso na captação de recursos — mais de meio milhão de libras em menos de um ano — demonstra que o mercado está atento a soluções que promovam impacto real.
Para profissionais e empreendedores do setor de finanças, fica a lição: investir em modelos de negócios que combinam inovação tecnológica com impacto social pode ser a chave para o crescimento sustentável e a atração de capital.
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