Eike Batista é o alvo principal da chamada Operação Eficiência, deflagrada nesta quinta, por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro (Marcos Issa/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 10h10.
Última atualização em 26 de janeiro de 2017 às 11h20.
Rio de Janeiro - O empresário Eike Batista, que teve mandado de prisão expedido em nova operação no âmbito da Lava Jato, utiliza simulação de negócios para pagamentos e ocultação de valores ilícitos, o que comprova a necessidade da sua prisão para a garantia da ordem pública, disseram nesta quinta-feira os procuradores responsáveis pela investigação.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, está sob investigação um pagamento de propina de 16,5 milhões de dólares feito por Eike ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral usando uma conta no Panamá. Cabral está preso desde novembro também no âmbito da Lava Jato.
Os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) disseram ainda que já foram recuperados cerca de 270 milhões de reais desviados pela organização comandada por Cabral durante o período em que foi governador.
Eike é o alvo principal da chamada Operação Eficiência, deflagrada nesta quinta, por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com a ocultação de cerca de 100 milhões de dólares no exterior, mas o ex-bilionário não foi encontrado em uma batida policial em sua casa no Rio de Janeiro.