A fortuna do empresário brasileiro caiu quase pela metade (VEJA SÃO PAULO)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2012 às 09h52.
Eike Batista deixou de ser a pessoa mais rica do Brasil depois que as ações de suas startups despencaram, entregando o título para o acionista da Anheuser- Busch InBev NV, Jorge Paulo Lemann. A fortuna de Eike, 56, agora soma US$ 18,6 bilhões, tendo perdido quase metade do valor desde o fim de março, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.
Lemann comanda uma fortuna de US$ 18,9 bilhões. As ações da AB InBev, a maior fabricante de cerveja do mundo, cuja fusão de US$ 52 bilhões ele ajudou a orquestrar, subiram 1,3 por cento para 67,43 euros hoje.
“O Brasil merece ter mais brasileiros nesta lista”, disse Eike por e-mail, sem comentar se ele poderia retomar a liderança de Lemann. “Que todos os empresários continuem investindo e gerando empregos, como fazemos no Grupo EBX!” Eike, que prometeu diversas vezes passar Carlos Slim como o homem mais rico da Terra, caiu do topo seguindo uma série de decepções que começaram em junho, quando seu carro-chefe, a OGX Petróleo & Gás Participações, cortou sua meta inicial de produção menos de cinco meses depois de começar a produzir seu primeiro barril de petróleo.
A OSX caiu hoje depois que um contrato de construção de cinco navios-sonda foi cancelado, segundo Auro Rozenbaum, analista do Banco Bradesco SA. Também hoje, a unidade portuária de Eike, LLX Logística SA, nomeou um novo diretor presidente, marcando a sexta mudança de gestão em uma de suas companhias desde junho.
’Mais brasileiros’
Os empreendimentos de capital fechado de Eike agora contam pelo grosso de sua fortuna, depois que o Mubadala Development Co., de Abu Dhabi, comprou uma fatia de 5,63 por cento em seu império EBX Group Co. no final de março. Com base no valor de mercado de suas companhias negociadas em bolsa, o negócio de US$ 2 bilhões resultou em um valor de cerca de US$ 10 bilhões para suas companhias de capital fechado.
“O Eike tem potencial para retornos explosivos, mas também é um negócio cheio de desafios”, disse Chris Palmer, que ajuda a administrar US$ 2,5 bilhões em ativos como diretor de mercados emergentes globais na Henderson Global Investors Ltd, com sede em Londres. “A performance das companhias que o Lemann controla tem sido muito forte”.
Diante da demanda estável por cerveja, Lemann e seus dois sócios também bilionários, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, viram suas riquezas subirem mais de 50 por cento neste ano, depois de orquestrarem negócios como a compra do Grupo Modelo SAB, do México, por US$ 20,1 bilhões em junho. O maior ativo de Lemann é sua fatia de 10 por cento na AB InBev, que vale mais de US$ 14,6 bilhões. Procurado, Lemann não quis fazer comentários sobre o assunto.
O Índice de Bilionários da Bloomberg lista as pessoas mais ricas do mundo com base em mudanças econômicas e do mercado e em reportagens do Bloomberg News. O valor de cada fortuna é atualizado todo dia útil às 17:30 de Nova York. As avaliações são listadas em dólares americanos.