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Eike Batista pode perder controle da EBX, diz New York Times

The New York Times cita reportagem de EXAME sobre o bilionário, dizendo que é o momento de entregar mais e falar menos


	Eike: cada vez mais pressionado por credores e pelo mercado a gerar resultados
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Eike: cada vez mais pressionado por credores e pelo mercado a gerar resultados (.)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 09h36.

São Paulo – Eike Batista é o destaque de uma grande reportagem publicada nesta segunda-feira pelo influente jornal americano The New York Times (NYT). A publicação destaca a implosão da fortuna do bilionário no último ano, e cita a possibilidade de os problemas enfrentados por ele desembocarem na perda de controle do Grupo EBX.

“Se a holding do Sr. Batista continuar a encolher em valor, os analistas dizem que seus credores, que incluem alguns dos maiores bancos brasileiros, poderiam levá-lo a uma reestruturação que poderia lhe custar o controle das companhias”, afirma o NYT, no trecho final da reportagem.

O texto lembra a declaração de Eike ao apresentador americano Charlie Rose, em seu programa de TV, em 2010. Naquela ocasião, perguntado qual a fortuna que teria em dez anos, Eike não hesitou em responder que poderia alcançar 100 bilhões de dólares – o que o tornaria o homem mais rico do mundo.

O melhor momento do brasileiro, contudo, ocorreu em março do ano passado, quando sua fortuna era avaliada em 34,5 bilhões de dólares pela agência de notícias Bloomberg. Desde então, seu patrimônio implodiu, sendo agora avaliado em 4,8 bilhões de dólares.

Espelho do Brasil

Segundo o NYT, as dificuldades de Eike refletem também a reversão de expectativas em relação ao Brasil. Com a inflação pressionando, uma perda acumulada de 23% na bolsa de valores, fraco crescimento econômico e queda no preço das commodites – que sustentaram o melhor momento de expansão do país, em 2010, quando o PIB cresceu 7,5% -, o cenário está mais complicado para os homens de negócios.

O NYT lembra que as empresas de Eike receberam mais de 4 bilhões de dólares em empréstimos de bancos públicos, já que o Grupo EBX se tornou, de certo modo, um emblema dos novos tempos do Brasil e foi colocado entre as prioridades do governo.

Segundo o NYT, o ceticismo ultrapassa as empresas de Eike. O jornal reproduz trecho da reportagem de capa de EXAME da edição 1040, para mostrar como o mercado está cobrando resultados. “Para ele [Eike] e para o Brasil, é hora de falar menos e entregar mais.”

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