Eike Batista: empresário não foi algemado, apenas escoltado (Douglas Engle/Bloomberg News)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 10h51.
Última atualização em 30 de janeiro de 2017 às 11h23.
Rio - O avião que trouxe de volta ao Brasil o empresário Eike Batista pousou na manhã desta segunda-feira, 30, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão.
Ele embarcou na noite deste domingo no voo 973 da American Airlines, no aeroporto JFK, em Nova York. A aeronave tocou o solo brasileiro às 9h54.
O empresário, que tem prisão decretada pela Justiça, foi escoltado por policias federais logo que desembarcou na pista do aeroporto.
Eike não estava algemado, carregava apenas uma mala de mão. Por volta das 10h30, ele chegou ao Instituto Médico Legal, onde passará por exame de corpo delito.
Eike estava foragido desde quinta-feira, dia 26, quando a Polícia Federal tentou cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele, como parte da Operação Eficiência, que investiga um esquema de corrupção montado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). O empresário é investigado por um suposto repasse de R$ 16,5 milhões em propina a Cabral.
O ex-bilionário deixou o Brasil dois dias antes da operação da PF, no dia 24. A prisão dele estava decretada pela Justiça do Rio desde 13 de janeiro.
O advogado de Eike, Fernando Martins, disse neste domingo, 29, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a estratégia de defesa do empresário ainda estava indefinida, inclusive sobre uma possível delação premiada.
"Após a chegada dele é que vamos definir os procedimentos", disse Martins à reportagem, ao ser questionado sobre um pedido de habeas corpus ou de uma possível colaboração.
Eike não tem o ensino superior completo, por isso poderá ficar em um presídio comum.