Eduardo (à dir.) ao lado do irmão Cristóbal della Maggiora, da Betterfly: em quatro anos, já são mais de 2.500 empresas usando a plataforma (BETTERFLY/Divulgação)
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Publicado em 15 de junho de 2022 às 09h20.
Apesar da palavra “propósito” ter sido um pouco banalizada nos últimos anos, o seu significado segue bastante relevante para muita gente ─ especialmente quando o assunto é trabalho. Segundo uma pesquisa conduzida pela consultora McKinsey em meio à pandemia, 70% dos colaboradores de empresas americanas disseram que seu senso de propósito é definido pelo trabalho ─ mas 62% assumem que gostariam que essa conexão entre os objetivos de vida e o trabalho fosse mais concreta.
Nesse cenário, é importante que as empresas assumam responsabilidade em relação a essa demanda que, de tão legítima, tem causado grandes movimentações no mercado de trabalho. “Ajude seus colaboradores a encontrar seus propósitos, ou os veja indo embora”, alertou a consultoria americana no título do estudo.
A boa notícia é que os departamentos de recursos humanos não estão sozinhos nesta missão. Criada em 2018 por um ex-executivo do J.P. Morgan e do Tyndall Group, a Betterfly tem desempenhado um papel importante ao ajudar outras companhias a gerar um impacto positivo na sociedade com o seu “efeito Betterfly”.
A empresa oferece ao usuário um seguro que cresce partindo da adoção de hábitos saudáveis no seu dia a dia.
Toda a experiência é centralizada no aplicativo que, integrado a uma infinidade de outros apps de bem-estar, recompensa o colaborador pelos seus bons hábitos ─ treinos, meditações e até caminhadas ─ de duas maneiras: aumentando a cobertura de seu seguro, sem custo, e também com BetterCoins, que são moedas virtuais que podem ser convertidas em ações sociais, como plantio de árvores, doações de refeições e muito mais.
“Acreditamos que pequenas mudanças pessoais podem transformar sua vida, de sua família e de sua comunidade, criando uma reação em cadeia que cria um mundo melhor para viver e trabalhar”, explica a empresa, ressaltando os ganhos do “efeito Betterfly” para os colaboradores (que adquirem hábitos mais saudáveis), para as empresas (que cumprem a missão de conectar seus funcionários a um propósito) e para o coletivo, que se beneficia das ações impulsionadas pela mecânica do aplicativo. Todo mundo sai ganhando!
Não à toa, os números da Betterfly impressionam ─ principalmente levando em conta que a empresa foi fundada há apenas quatro anos, em 2018. De lá para cá, já são mais de 2,5 mil empresas na plataforma, com usuários que registraram mais de 5 milhões de atividades, convertidas no plantio de 100 mil árvores, na doação de 50 mil litros de água potável e de mais de 2 milhões de refeições.
Além disso, neste ano, a Betterfly se tornou o primeiro unicórnio social da América Latina, após captar US$ 125 milhões em uma rodada Série C ─ o que elevou a valoração da companhia para US$ 1 bilhão. Os recursos estão sendo investidos, principalmente, na expansão para dez novos mercados: México, Colômbia, Argentina, Peru, Equador, Panamá e Costa Rica até o fim de 2022; e para Estados Unidos, Portugal e Espanha em 2023.
“O que estamos fazendo é transformar uma apólice que a pessoa pagava, mas não usufruía em vida, em um serviço que ajuda o cliente a ter uma vida melhor, e que pode ser usado todos os dias para inspirar a viver de forma mais saudável e ainda ajudar outras pessoas, o que contribui para a felicidade e o bem-estar”, explica Eduardo della Maggiora, fundador e CEO da Betterfly.