Entre os fornecedores da empresa de Eike, estão os maiores produtores de equipamento de mineração no mundo, como CITIC, FLSmith, ABB e Metso (Oscar Cabral/Veja)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2011 às 20h22.
São Paulo - O Grupo EBX, do bilionário Eike Batista, e a companhia egípcia Orascom Construction Industries (OCI) irão construir um complexo para a produção de fertilizantes nitrogenados de 3 bilhões de dólares no Brasil, informou a empresa brasileira nesta segunda-feira.
A unidade industrial terá capacidade para produzir cerca de 3 milhões de toneladas por ano de fertilizantes nitrogenados, tipo de adubo que utiliza grande quantidade de gás natural em seu processo de produção.
"O projeto constitui um marco no caminho para tornar o Brasil um produtor e consumidor autossuficiente de fertilizantes nitrogenados, melhorando, assim, a confiabilidade e disponibilidade de suprimento de fertilizantes estratégicos para a agroindústria nacional", informou o comunicado do Grupo EBX.
O Brasil, um dos maiores produtores agrícolas do mundo, importa a maior parte do fertilizante que utiliza nas lavouras, pela falta de produção local.
O complexo da EBX com a OCI ficará no porto do Açu, no norte fluminense, e segundo a holding de Eike Batista fornecerá boas condições para o escoamento da produção para as principais regiões de produção agrícola do país.
"Dado o atual severo congestionamento existente nos portos brasileiros, o novo suprimento de qualidade oriundo do projeto irá melhorar o processo de fornecimento aos distribuidores e agricultores", acrescentou a nota.
O presidente da OCI, Nassef Sawiris, afirmou no comunicado que o projeto vai transformar a atuação da empresa no mercado brasileiro de fertilizantes.
"A OCI visa aumentar a sua presença no mercado brasileiro, atualmente apenas como importador, assumindo, por meio desse investimento, um compromisso de longo prazo com a economia brasileira".
Segundo o grupo EBX, o porto do Açu permite acesso às três maiores regiões agrícolas brasileiras (Sul, Sudeste e Centro-Oeste), que respondem por 87 por cento da produção agrícola do país.