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EADS anuncia reforma e muda nome para Airbus Group

O movimento é uma tentativa de aperfeiçoar a estrutura da empresa, melhorar a lucratividade e promover a imagem corporativa


	A decisão da EADS é destinada principalmente a reduzir a vulnerabilidade de sua divisão de defesa enquanto governos de todo o mundo reduzem os gastos militares 
 (REUTERS/Morris Mac Matzen)

A decisão da EADS é destinada principalmente a reduzir a vulnerabilidade de sua divisão de defesa enquanto governos de todo o mundo reduzem os gastos militares (REUTERS/Morris Mac Matzen)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 14h44.

Londres - A European Aeronautic Defence & Space (EADS) fez uma reforma radical em suas atividades, colocando as operações de defesa e aeroespaciais sob o mesmo teto e renomeando a companhia como Airbus Group.

O movimento é uma tentativa de aperfeiçoar a estrutura da empresa, melhorar a lucratividade e promover a imagem corporativa. O anúncio foi feito junto com a divulgação do balanço trimestral da EADS.

A decisão da EADS é destinada principalmente a reduzir a vulnerabilidade de sua divisão de defesa enquanto governos de todo o mundo reduzem os gastos militares e foi tomada depois de uma fracassada tentativa de fusão com a britânica BAE Systems, no ano passado. "Agora é o momento de criar uma nova marca para todo o grupo", declarou o executivo-chefe, Tom Enders.

A companhia agora chamada Airbus Group vai ser formada por três divisões: Airbus, englobando operações comerciais; Airbus Defence & Space, que combinará a divisão de defesa Cassidian com a unidade aeroespacial Astrium; e Airbus Helicopters.

Enders não quis falar sobre os potenciais cortes de custos e demissões que a reformulação pode provocar. A divisão Airbus Defence & Space, que terá sede em Munique, Alemanha, terá cerca de 45 mil funcionários e uma receita anual de aproximadamente 14 bilhões de euros.


A EADS teve lucro antes de juros, impostos e despesas especiais de 887 milhões de euros (US$ 1,18 bilhão), um aumento de 23% sobre o mesmo período do ano passado. A companhia contabiliza todos os custos de seus programas de aeronaves no ano em que eles ocorrem. Em vez de diluí-los durante a duração do programa, como faz a norte-americana Boeing.

Como resultado, a EADS frequentemente enfrenta grandes despesas extraordinárias, como a de 136 milhões de euros registrada no segundo trimestre. O lucro líquido cresceu 14%, para 518 milhões de euros.

O total de encomendas da EADS mais do que triplicou na comparação anual, para 96,6 bilhões de euros, sustentado pela divisão de aviões comerciais, mas as encomendas às divisões de defesa e aeroespacial caíram em relação ao segundo trimestre de 2012. As entregas da Airbus no primeiro semestre somaram 295 aeronaves, acima de 279 um ano antes.

A Airbus respondeu por 9,74 bilhões de euros da receita total de 13,95 bilhões de euros da EADS no segundo trimestre. A previsão dos analistas era de receita de 13,76 bilhões de euros. A EADS confirmou sua projeção para o ano de ter crescimento moderado na receita e lucro antes juros, impostos e itens extraordinários de 3,5 bilhões de euros. Fonte: Dow Jones Newswires.

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