Funcionário do Google novo escritório da companhia no Brasil
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 11h48.
E-mails internos demonstraram que executivos de companhias de tecnologia como Google e Apple acreditavam que um acordo sob o qual ambas as empresas se recusariam a contratar funcionários vindos da outra poderia oferecer benefícios financeiros reais, disse uma juíza norte-americana na quinta-feira.
Cinco ex-funcionários de diversas empresas de tecnologia abriram processo civil contra Apple, Google Intel e outras companhias, alegando seu envolvimento em um conluio ilegal para eliminar a concorrência por funcionários entre elas.
Em audiência em um tribunal federal de San Jose, Califórnia, na quinta-feira, a juíza federal Lucy Koh também ordenou que Tim Cook, presidente-executivo da Apple, responda a perguntas dos advogados dos queixosos por quatro horas.
Koh precisa decidir se autorizará que o processo siga adiante como ação coletiva, o que propiciaria aos queixosos maiores possibilidades de extrair uma indenização generosa.
Koh afirmou que, no momento em que os acordos de restrição a contratação foram firmados, os principais executivos das empresas entendiam que uma abordagem coletiva quanto às contratações era mais eficiente do que lidarem com essa necessidade empresa a empresa.
"Creio que esse seja o maior problema para os queixosos", disse Koh, que não identificou os executivos em questão. No entanto, ela também questionou vigorosamente uma análise econômica crucial para a posição dos queixosos, a qual segundo a juíza tinha "buracos".
Koh não decidiu se o processo poderá ser julgado como ação coletiva, na quinta-feira.
Em 2010, Google, Apple, Adobe Systems, Intel, Intuit e a divisão Pixar da Disney fecharam acordo com o Departamento da Justiça norte-americano para abandonar os pactos de não contratação de funcionários de concorrentes.
Os advogados dos queixosos estimaram que o valor das indenizações nesses casos poderia atingir centenas de milhões de dólares.
Koh criticou os advogados das companhias acusadas pela lentidão em marcar depoimentos de seus principais executivos. Eric Schmidt, presidente do conselho do Google, irá depor em 20 de fevereiro, e haverá depoimentos de executivos de diversas outras empresas, entre os quais, do presidente-executivo da Intel, Paul Otellini.