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É dia de treinamento contra o racismo no Starbucks

O treino acontece depois que dois homens negros, Rashon Nelson e Donte Robinson, foram presos em uma unidade da rede na Filadélfia em abril

Sede da Starbucks (SBUB34) (Getty Images/Divulgação)

Sede da Starbucks (SBUB34) (Getty Images/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2018 às 06h07.

Última atualização em 29 de maio de 2018 às 07h45.

Nesta terça-feira, 8.000 lojas da rede de cafeterias Starbucks estarão fechadas nos Estados Unidos durante 4 horas. A tarde será reservada para um treinamento sui generis: os cerca de 175.000 baristas da companhia irão participar de um seminário, com foco em evitar atitudes enviesadas contra os clientes. O treino acontece depois que dois homens negros, Rashon Nelson e Donte Robinson, foram presos em uma unidade da rede na Filadélfia em abril. Os dois estavam esperando na loja para fazer uma reunião de negócios, mas não haviam consumido.

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Foi o suficiente para a gerente chamar a polícia, que levou ambos algemados e os manteve em custódia até o final do dia, quando eles foram liberados sem nenhuma acusação formal. O caso gerou furor nos Estados Unidos, depois que um vídeo do acontecimento viralizou, apontado como uma amostra do sistema acusatório contra negros no país. Nelson e Robinson firmaram um acordo com a cidade da Filadélfia: cada um deles recebeu 1 dólar de danos morais e a cidade irá investir 200.000 dólares em programas para jovens empreendedores. Para o Starbucks, nada poderia ter sido mais danoso à imagem e o presidente da companhia, Kevin Johnson, se desculpou pessoalmente aos dois.

O treinamento é desenhado para discutir o viés implícito, promover inclusão e tentar prevenir discriminação por parte dos funcionários — e evitar incidentes futuros. O material conta com vídeos do presidente da companhia, Kevin Johnson, do rapper Common e de membros do Instituto Perception, que falam sobre ansiedade racial e como servir melhor os consumidores. Segundo Johnson, a prisão não levou a quedas nas vendas da rede, que faturou 6 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2018. Apesar disso, evitar novas crises é fundamental, principalmente para uma cadeia historicamente progressista em um mundo cada vez mais de olho em temas sociais.

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