Duratex: entre abril e junho, o lucro líquido da companhia somou 58,6 milhões de reais (Divulgação/EXAME.com/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2014 às 10h37.
São Paulo - A Duratex divulgou queda anual de 55,2 por cento no lucro do segundo trimestre, afetada por pior desempenho operacional e aumento das despesas financeiras, mas previu alguma recuperação de vendas no segundo semestre apesar da cautela com o cenário macroeconômico.
Entre abril e junho, o lucro líquido da companhia somou 58,6 milhões de reais, ante 130,7 milhões no mesmo período de 2013.
A empresa do ramo de insumos para a construção civil e marcenaria acrescentou nesta quarta-feira que está monitorando o comportamento da economia a fim de ajustar seu cronograma original de investimentos.
No fim de março, a Duratex anunciou o investimento de 1,3 bilhão de reais em duas novas fábricas de painéis em Minas Gerais.
"As expectativas de desempenho para 2014, ao fim de 2013, eram mais positivas do que foi de fato experimentado", disse a companhia, completando que o desempenho da economia impactou fortemente seus mercados de atuação no período. No trimestre, a receita líquida da Duratex caiu 1,5 por cento na comparação anual, a 957,6 milhões de reais. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), por sua vez, recuou 18,4 por cento, a 274,7 milhões de reais, com queda de 5,9 pontos percentuais na margem Ebitda, a 28,7 por cento.
A companhia também foi afetada por despesas financeiras de 74,5 milhões de reais no trimestre, aumento de 34,6 por cento sobre igual período de 2013. Segundo a Duratex, houve maior custo sobre o endividamento, que encerrou o trimestre com valor líquido de 1,9 bilhão de reais.
Perspectivas
Para a metade restante do ano, a Duratex vê recuperação na divisão de madeira após um baixo ritmo de atividade no segundo trimestre, creditado pela companhia a um movimento preventivo de desestocagem no varejo de móveis em função do número de feriados com a Copa do Mundo.
"Como resultado desse movimento, o nível de expedição forçou uma readequação do plano de produção com vistas ao controle de estoques", disse a Duratex, acrescentando ter havido ajustes de mão de obra no período. "Para o segundo semestre, fica a expectativa de um ambiente de negócios mais favorável em decorrência do baixo nível de estoque na cadeia e da percepção de um maior foco, por parte do varejista, na venda de móveis", disse a Duratex.
Para a divisão Deca, de materiais de acabamento para construção civil, a Duratex também vê um cenário mais positivo para o segundo semestre, lembrando que, no trimestre anterior, o fraco desempenho da venda de imóveis no país acabou afetando o segmento.