Duralex: francesa, conhecida em todo o mundo por seus pratos marrons, não resistiu à crise provocada pela pandemia — e quebrou (Antiquiário na Vovó Tem/Reprodução)
Agência O Globo
Publicado em 25 de setembro de 2020 às 20h20.
Última atualização em 25 de setembro de 2020 às 20h31.
A francesa Duralex, conhecida em todo o mundo por seus pratos “inquebráveis”, não resistiu à crise provocada pela pandemia — e quebrou. Na quinta-feira, o Tribunal de Comércio de Orleans, ao sul de Paris, aprovou o pedido de recuperação judicial apresentado pela fabricante de vidros temperados, que ficará sob observação pelo período de seis meses.
“As dívidas da companhia no dia da abertura do processo estão congeladas”, afirmou a Duralex, em comunicado distribuído aos funcionários, segundo o jornal local Le Monde. “Após o inventário de todos os recebíveis, a empresa poderá apresentar um plano de recuperação”.
O presidente da empresa, Antoine Ioannidès, garantiu que não há planos para dispensas ou demissões. Todos os 248 funcionários da fabricante sediada em La Chapelle-Saint-Mesmin, em Loiret, “continuam trabalhando e recebendo salários”.
Fundada em 1945, a Duralex enfrentava dificuldades financeiras desde 2017, quando foi forçada a reduzir drasticamente sua produção após problemas com a substituição de seu forno. A pandemia de coronavírus foi o golpe fatal.
"Nós perdemos cerca de 60% de nosso faturamento por causa da redução nas exportações, que representam 80% de nosso negócio", disse Ioannidès.
No Brasil e nos países da América do Sul, a marca pertence à Nadir Figueiredo. Em nota ao G1, a empresa informou que o pedido de recuperação judicial aberto na França não afeta as operações na região, sendo uma marca sólida, tradicional e continuará sendo comercializada normalmente.