Locomotiva em ferrovia: com o anúncio, elas encerram uma trajetória de 14 anos separadas (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 07h04.
Pequim - As duas maiores empresas ferroviárias da China, CNR e CSR, anunciaram uma fusão para deixar de competir por contratos no exterior, formando assim uma gigante do setor em um acordo que movimentou as bolsas de valores asiáticas nesta quarta-feira.
Após mais de dois meses de negociações, as companhias estatais notificaram as bolsas de Xangai e Hong Kong que tinham acertado a união. Juntas, elas são avaliadas em US$ 26 bilhões (cerca de R$ 70 bilhões).
As ações de ambas as empresas lideraram hoje as negociações nas bolsas de Xangai e Hong Kong, com altas que superaram os 40%.
A empresa resultante, chamada de Corporação Central de Ferrovias da China (CRRC), herdará os ativos, certificados e contratos, assim como outros direitos e obrigações das duas companhias. Por causa do acordo, a CSR dará 1,1 ação por cada título da CNR.
Com o anúncio, elas encerram uma trajetória de 14 anos separadas, já que se dividiram em 2000.
As duas controlam a construção dos trens de alta velocidade na China, país que conta com a maior rede desse tipo de linha no mundo, com mais de 14 mil quilômetros.
O principal objetivo da fusão é evitar que a concorrência entre as duas empresas acabe prejudicando os negócios chineses. Nos últimos anos, elas disputaram contratos de fornecimento de trens e de construção de linhas de alta velocidade, como entre Ancara e Istambul, na Turquia.