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Drive-thru chegou a representar 50% das vendas, diz CEO do Burger King

A rede acredita que o consumidor irá usar diversos canais de compra, do delivery e drive-thru, ao totem e aplicativo

Burger King: Para Iuri Miranda, presidente da rede de fast food, a venda por diversos canais chegou para ficar (Burger King/Divulgação)

Burger King: Para Iuri Miranda, presidente da rede de fast food, a venda por diversos canais chegou para ficar (Burger King/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 26 de junho de 2020 às 12h40.

Última atualização em 26 de junho de 2020 às 13h58.

Durante o período de isolamento, as vendas por delivery e drive-thru da rede de fast food Burger King dispararam. As vendas pelo drive-thru, sem que o consumidor precise entrar no restaurante, chegaram a representar 50% das vendas, contra cerca de 35% antes da pandemia do novo coronavírus nas lojas em que esse modelo já existe. Já o delivery chegou a significar 35% das vendas, contra uma média de 5% a 10% antes da pandemia do novo coronavírus. 

Para Iuri Miranda, presidente da rede de fast food, a venda por diversos canais chegou para ficar. E a velocidade de se adaptar para essa realidade é uma das grandes vantagens da rede de fast food, diz o executivo. Iuri Miranda, presidente do Burger King, falou em entrevista ao vivo na série Exame Talks ao jornalista João Pedro Caleiro. 

De acordo com ele, a rede já enxergava a tendência do delivery desde antes da pandemia e, em fevereiro e março, começou a entrar em outras plataformas alé do Uber Eats. Também já havia estudos de carteiras digitais e novos meios de pagamento e até pesquisas sobre embalagens.

No futuro, a rede acredita que o consumidor irá usar diversos canais de venda, do delivery e drive-thru, ao totem e aplicativo. “Ir com a família ao restaurante, ou com amigos de noite, depois da balada, isso não vai desaparecer”, diz. “Mas a velocidade de adaptação da rede de fast food é uma das ganhadoras dessa situação.”

A rede de fast food busca usar a tecnologia para diminuir o contato e o risco de transmissão do novo coronavírus.

Com aumento de 300% no delivery no primeiro trimestre do ano, o Burger King Brasil está testando novas tecnologias e modalidades de entrega. Uma das novidades é o delivery por meio de aplicativo próprio, ainda em teste em algumas unidades. A logística de entrega é feita com uma empresa parceira — o Burger King não divulga qual.

Já são 400 lojas trabalhando com delivery, em diversas plataformas, do total de mais de 900 no país. “Em um raio de poucos quilômetros, conseguimos atender o Brasil todo com 400 lojas”, diz Ariel Grunkraut, vice-presidente de vendas e marketing, em entrevista a EXAME no início da semana.

Cerca de 150 lojas já possuem um totem de autoatendimento, também para reduzir a interação e deixar o serviço mais rápido e ágil. Até o fim do ano, cerca de 200 lojas devem contar com o serviço. A empresa também investiu para trocar suas maquininhas de cartão para possibilitar pagamento por aproximação. Também disponibilizou pagamento por código QR, por meio do aplicativo Mercado Pago, em algumas unidades.

Parte das iniciativas passa pelo aplicativo próprio, que tem 24 milhões de downloads e 4 milhões de usuários únicos mensais. Pelo aplicativo, é possível pedir e pagar pelos hambúrgueres, sem pegar fila. Lançada há um ano, a funcionalidade chamada de BK Express já está presente em todas as lojas.

Veja o vídeo:

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