Marco Bordon, do Grupo PHD, Ju Ferraz e Marcio Esher, da Holding Clube, sócios do Torcida Nº1: expectativa positiva depois de um tombo na pandemia (Montagem Júlio Gomes/EXAME/Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 31 de agosto de 2022 às 18h40.
Última atualização em 31 de agosto de 2022 às 19h01.
Uma das empresas de marketing de experiência mais tradicionais do Brasil, a Holding Clube está estreando no evento que mais mexe com as emoções dos brasileiros: a Copa do Mundo de futebol.
Fundada em 1988, pelo empresário José Victor Oliva, a Holding Clube ficou célebre pelo Camarote Brahma, depois chamado de Nº1 e, até hoje, "o" local para ver e ser visto ao redor de gente famosa na Sapucaí durante os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Agora, a empresa apresenta o Torcida Nº 1, um espaço para acompanhar os jogos da Seleção brasileira durante os jogos da Copa do Mundo do Catar, a ser realizada entre 20 de novembro e 18 de dezembro.
A experiência será no PHD Rooftop, espaço de eventos gerido pelo grupo PHD, liderado pelo empresário Marco Bordon, e dono dos restaurantes de luxo Antonella, Mr Wong, Aragon, Pippo Limone e Tetto, além da casa noturna Disco, em São Paulo.
Em funcionamento desde o começo de 2022, o PHD Rooftop fica no condomínio onde está o Instituto Tomie Ohtake, no coração de Pinheiros, zona oeste da capital paulista.
A abertura está marcada para 24 de novembro, estreia do Brasil na competição, e a programação nas rodadas de quartas e semifinais estão condicionadas à classificação da seleção.
A experiência gastronômica, com valor de consumação à parte, incluirá até quatro restaurantes no rooftop, especializados em culinária brasileira, além de surpresas nos jogos.
Além disso, artistas como Mariana Rios e Luiza Possi, Birds of Mind, Apache, Kevin o Chris, Pontifexx, Bateria da Vai-Vai vão cuidar da animação do espaço.
A estreia na Copa é uma das principais novidades da Holding Clube, um negócio afeito a diversificar as áreas de atuação.
O negócio original, chamado Banco de Eventos, foi fundado em 1988 pelas mãos de Oliva para a gestão principalmente do carnaval do Rio de Janeiro.
Oliva está no conselho da companhia, hoje comandada pelos sócios Priscila Pellegrini, Ju Ferraz e Marcio Esher.
“A chegada da Torcida Nº1 potencializa o novo momento da Holding em atuar no mercado do entretenimento em todas as suas possibilidades, e não se limitando apenas a datas sazonais", diz Esher, profissional de marketing com duas décadas de experiência no setor.
Antes da Holding, ele foi diretor de planejamento e operações no Brasil da The Marketing Store, agência global de marketing com grandes como McDonald's no portfólio.
"Diante disso, reforçamos essa estratégia para a promoção de experiências com serviço de qualidade, e que aproximam assertivamente as marcas de seu público e potenciais clientes”, diz.
O Torcida Nº 1 já conta com parceria com a Colcci, marca que assina as camisetas oficiais, e com a Brahma, que continua com a assinatura do naming do Camarote Brahma N º1, e vem como a cerveja e chopp oficiais do Torcida.
Os sócios esperam atrair mais marcas dos segmentos de moda, beleza, entretenimento, mídia e consumo de luxo ao projeto.
“Queremos manter o nosso legado forte no mercado de experiências, e para isso, promovemos um evento que é uma extensão do Camarote Nº1, apresentando mais oportunidades para que nossos principais parceiros possam crescer junto com os nossos projetos", diz Juliana Ferraz, que também é diretora de negócios e RP da Holding Clube.
"É uma agenda que será intensificada com uma frequência ainda maior, e com uma inteligência de negócios que se mostrará cada vez mais assertiva para a amplificação da atuação de marcas estrategicamente.”
Hoje o negócio da Holding está dividido em seis agências:
Entre os projetos proprietários do grupo está o Réveillon N1, que acontece em Itacaré, no litoral sul da Bahia.
Com produção da Samba, o evento é responsável por injetar mais de 60 milhões de reais na economia da cidade.
Antes da pandemia, a Holding Clube vinha num toada de crescimento — o faturamento em 2019 chegou a 300 milhões de reais.
O isolamento social cortou em 60% o faturamento em 2020 e 2021.
Agora, com um trabalho de reestruturação do negócios feito nos últimos dois anos, a projeção é de 275 milhões de reais em receitas para 2022.
No ano que vem, a depender do resultado com o Torcida Nº1 e de novos projetos a serem anunciados nos próximos meses, a expectativa é superar em 30% os resultados pré-pandemia.
No lado do Grupo PHD, o momento também é de expansão.
Atualmente, os sócios representam 15 negócios em sua gestão, envolvendo os pilares e experiências de alta gastronomia, entretenimento e lifestyle.
"Até o final de 2022, estimamos aumentar para 18 as casas sob gerenciamento", diz Bordon. "Esperamos um faturamento de 100 milhões de reais."
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