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Dois principais credores da Oi acertam proposta para recuperação

A proposta envolve uma injeção de 3 bilhões de reais em capital novo na operadora que será garantida integralmente pelo alguns membros do grupo

Oi: o grupo detém mais 22,6 bilhões de reais (6,6 bilhões de dólares) em dívida da Oi (Facebook/Oi/Reprodução)

Oi: o grupo detém mais 22,6 bilhões de reais (6,6 bilhões de dólares) em dívida da Oi (Facebook/Oi/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 20h52.

Última atualização em 23 de agosto de 2017 às 21h27.

São Paulo - Os dois maiores grupos de credores da operadora de telecomunicações Oi anunciaram nesta quarta-feira que chegaram a um acordo para uma proposta conjunta de reestruturação da companhia, em uma tentativa de acelerar uma solução para um processo de recuperação judicial que se arrasta há 14 meses.

O acordo envolveu o International Bondholder Committee e o grupo ad-hoc de detentores de títulos da Oi, incluindo agências de crédito para exportação representadas pela FTI Consulting, segundo comunicado enviado à imprensa. O grupo detém mais 22,6 bilhões de reais (6,6 bilhões de dólares) em dívida da Oi, ou mais que um terço do total de 65 bilhões de reais em débitos declarados pela operadora na recuperação judicial.

A proposta envolve uma injeção de 3 bilhões de reais em capital novo na operadora que será garantida integralmente pelo alguns membros do grupo de credores que acertou o acordo. Além disso, está prevista uma troca de 26,1 bilhões de reais em títulos de dívida da Oi por 88 por cento do capital da companhia já reestruturada.

Uma fonte com conhecimento do plano dos credores afirmou que autoridades "enviaram um feedback muito positivo sobre nosso plano, que deve destravar o processo de uma vez por todas e fazer a Oi negociar uma solução definitiva para isso".

A recuperação judicial da Oi, que começou em junho de 2016 e continua sendo a maior da América Latina até agora, tem sido marcada por uma série de disputas entre credores e acionistas. O governo tem ameaçado intervir caso não haja um acordo que permita a aprovação de um plano de reestruturação da empresa.

Procurada, a Oi afirmou que não vai comentar a proposta conjunta dos credores.

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