Negócios

Do barista ao celular: a Starbucks cada vez mais digital

O novo diretor de operações, Kevin Johnson irá tornar a rede de café cada vez mais digital, com novos meios de pagamento e formatos


	Starbucks: missão do novo diretor de operações da rede é torná-la cada vez mais digital
 (Divulgação)

Starbucks: missão do novo diretor de operações da rede é torná-la cada vez mais digital (Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 24 de janeiro de 2015 às 07h00.

São Paulo - A Starbucks acaba de anunciar o seu novo diretor de operações. Com uma longa carreira na indústria da tecnologia, Kevin Johnson irá tornar a rede cada vez mais digital, com novos meios de pagamento e formatos.

Kevin Johnson é ex-presidente da Juniper Networks Inc., que fabrica produtos para conectividade, e trabalhou por 16 anos na Microsoft.

O executivo é membro do conselho desde 2009 e passará ao novo cargo efetivamente em março, segundo anúncio feito em teleconferência. Com o novo COO, a rede de cafeterias irá muito além da wi-fi gratuita.

A empresa já investe no desenvolvimento do meio digital desde 2012, quando foi criado o cargo de diretor digital.

Em 2015, a área deve alavancar. A Starbucks pretende aumentar a ênfase em métodos de pagamento digitais, interação com consumidores nas redes e outras soluções para aumentar sua receita, segundo o Wall Street Journal.

Projetos

Um dos caminhos que a empresa está testando é uma nova plataforma de pagamentos por meio de smartphones.

Um aplicativo para pagamentos digitais da rede já atende 12 milhões de pessoas e realiza 47 milhões de transações por semana. Mas a empresa quer ir mais longe.

Em projeto piloto, o celular irá servir para muito mais que postar fotos das bebidas no Instagram. Por meio dele, o consumidor pode escolher e pagar pelas bebidas e retirá-las em qualquer uma das lojas de Portland, Estados Unidos.

Esse processo deverá acelerar a entrega das bebidas aos clientes e aumentar as idas às lojas.

Dois meses depois do início do projeto, os resultados são encorajadores, segundo o diretor financeiro Scott Maw. O plano, agora, é expandir para quase 600 lojas, integrando os meios digitais às lojas físicas.

Além disso, está o incentivo ao uso de seus cartões próprios. Recentemente, a Starbucks sorteou um pacote de cafés grátis por 30 anos para aqueles que usassem seus cartões-presente, como um meio de incentivar o método de pagamento.

Como resultado, o valor depositado nos cartões Starbucks cresceu 17%, para US$ 1,6 bilhão. Nas festas de fim de ano, 1 em cada 7 norte-americanos recebeu um cartão-presente. Em 2013, a proporção havia sido de 1 em cada 8, segundo balanço divulgado em teleconferência.

Delivery, food trucks, comércio eletrônico e lojas express também estão nos planos, além de lojas especiais para cafés raros.

A rede de cafeterias anunciou um crescimento de 82% dos lucros no último trimestre. No primeiro trimestre fiscal do ano, as receitas aumentaram 13%, para US$ 4,8 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoBebidasCaféCafeteriasCommoditiesEmpresasEmpresas americanasFast foodgestao-de-negociosIndústria digitalIndústria eletroeletrônicaInovaçãoInvestimentos de empresasPlanejamentoSmartphonesStarbucks

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'