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Dívida faz OGX contratar Blackstone, dizem fontes

A petrolífera tem cerca de US$ 3,36 bilhões em dívida denominada em dólares, que atualmente opera abaixo de US$ 0,20 por dólar


	Plataforma terrestre OGX: fundos especializados em ativos problemáticos avaliam que será inevitável fazer algum tipo de reestruturação de dívida da empresa
 (Divulgação)

Plataforma terrestre OGX: fundos especializados em ativos problemáticos avaliam que será inevitável fazer algum tipo de reestruturação de dívida da empresa (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 15h01.

São Paulo - A petrolífera OGX, controlada pelo empresário Eike Batista, contratou o Blackstone Group como consultor, em outro passo que pode levar à reestruturação de sua dívida, segundo fontes com conhecimento do assunto.

A OGX, que abriu capital em 2007 como uma empresa promissora, acabou se tornando uma decepção enorme para os investidores, com níveis de produção bem abaixo do que seus executivos haviam previsto, o que levou à forte queda de suas ações e bônus. O resultado inesperado acabou prejudicando a perspectiva de outras empresas de Eike, causando uma grave crise financeira na controladora, a EBX.

A petrolífera tem cerca de US$ 3,36 bilhões em dívida denominada em dólares, que atualmente opera abaixo de US$ 0,20 por dólar, segundo a FactSet. Os bônus da OGX têm atraído vários fundos especializados em ativos problemáticos, alguns dos quais avaliam que será inevitável fazer algum tipo de reestruturação de dívida.

Os credores também estão procurando consultoria especializada. Um grupo de cinco a dez detentores de bônus da OGX negocia para contratar os serviços de um banco de investimento e uma decisão deve ser tomada nos próximos dias, disseram as fontes. O Rothschild está entre os candidatos para assumir a tarefa, de acordo com as fontes.

Procurados pela Dow Jones Newswires, representantes dos bancos e da OGX preferiram não fazer comentários.

No mês passado, o escritório de advocacia norte-americano Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP foi contratado para prestar consultoria a um grupo de credores da OGX. A Bingham McCutchen trabalha com credores da OSX, que faz parte da EBX e também enfrenta dificuldades financeiras.

As ações da OGX, que divulga balanço do segundo trimestre mais tarde, após o fechamento dos mercados, acumulam perda de 89% nos últimos 12 meses, embora tenham mostrado uma recuperação modesta nas últimas semanas em meio a expectativas de que parte dos ativos da empresa possa mudar de mãos. Às 14h20, os papéis da OGX tinham forte alta de 4,48% na Bovespa, a R$ 0,70.

A Mubadala Development Company confirmou em julho que, em parceria com outros investidores, pode estar interessada em ativos controlados pela EBX. Em e-mail, a Mubadala, de Abu Dabi, disse que continua negociando com a EBX enquanto o grupo reestrutura seus negócios. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

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