Presidente-executivo da Disney: o novo serviço da marca Disney será similar ao da ESPN, que estará disponível em 2018 (Aly Song/Reuters)
Reuters
Publicado em 8 de agosto de 2017 às 18h46.
Última atualização em 9 de agosto de 2017 às 15h35.
A Walt Disney deixará de fornecer novos filmes ao Netflix nos Estados Unidos a partir de 2019 e lançará seu próprio serviço de transmissão, disse a empresa nesta terça-feira, à medida que tenta captar a audiência digital que está abandonando a televisão.
O novo serviço da marca Disney será similar ao da ESPN, que estará disponível em 2018, disse.
O serviço de transmissão dará à Disney "um controle muito maior sobre o nosso próprio destino em um mercado em rápida transformação", disse o presidente-executivo Bob Iger em conferência com analistas, descrevendo o movimento com uma "estratégia de crescimento totalmente nova" para a empresa.
A Disney tem alguma experiência com o modelo direto ao consumidor no Reino Unido e poderia ganhar mais dinheiro a longo prazo com seu próprio serviço, mas o movimento poderia ser "financeiramente menos vantajoso" no curto prazo, disse o analista Brian Ewieser do Pivotal Research Group.
A Disney disse que o serviço será baseado na tecnologia fornecida pela empresa de transmissão de vídeo BAMTech, e anunciou que pagaria 1,58 bilhão de dólares para comprar uma participação adicional de 42 por centro na companhia, da qual adquiriu participação minoritária em 2016.
O anúncio ocorre depois que a Disney informou queda de quase 9 por cento no lucro trimestral, impactado pelos custos de programação mais altos e pela queda dos assinantes em seu canal de esportes ESPN.
Em comunicado, a Netflix afirma que os assinantes nos Estados Unidos terão acesso aos filmes da Disney no serviço até o final de 2019, incluindo todos os novos filmes que estrearão nos cinemas até o final de 2018.
"Continuamos a fazer negócios com a Walt Disney Company globalmente em muitas frentes, incluindo o nosso relacionamento com a Marvel TV, em andamento", afirma a companhia.