DirecTV: operadora, que é subsidiária da AT&T, tem quase 21 milhões de assinantes nos EUA, segundo ação. (Paul Taggart/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 18 de abril de 2018 às 15h24.
Última atualização em 18 de abril de 2018 às 15h40.
A DirecTV, maior empresa de TV paga dos Estados Unidos e subsudiária da AT&T, pediu a uma corte federal na terça-feira para ser retirada do processo que o governo abriu para evitar que a AT&T compre a produtora de TV e cinema Time Warner.
"A DirecTV não é a vendedora, a entidade adquirida ou um acionista majoritário do comprador", disseram advogados da empresa no documento.
Em seu pedido, a DirecTV alegou que o Departamento de Justiça incluiu a empresa como ré para que pudesse usar declarações críticas que seus executivos fizeram sobre a fusão de 2011 da Comcast e da NBCU, como parte do argumento do governo contra o acordo entre AT&T e Time Warner. A AT&T comprou a DirecTV em 2015.
As duas operações envolvem um grande distribuidor de TV paga que compra uma produtora de filmes e programas de TV.
Em sua ação contra a fusão em novembro, o Departamento de Justiça disse que a DirecTV alertou anteriormente que as fusões entre distribuidores de TV e produtores de conteúdo "podem ameaçar de forma muito mais factível a retenção de programação de (distribuidores) rivais" e podem "usar tais ameaças para demandar preços mais altos e termos mais favoráveis".
A DirecTV tem quase 21 milhões de assinantes, segundo a ação.
O juiz Richard Leon, que vai decidir se a fusão pode ir adiante, está ouvindo evidências sobre se o acordo de 84,5 bilhões de dólares é ilegal dentro da lei antitruste, como o governo alega, e deveria ser barrado.
As testemunhas desta semana devem incluir os presidentes-executivos da AT&T, Randall Stephenson, e da Time Warner, Jeff Bewkes.