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Direcional quer fatia do Minha Casa, Minha Vida em SP

Hoje a empresa mineira está concentrada nas regiões Centro-Oeste e Norte do país

Feirão da Caixa: Minha Casa, Minha Vida deve ajudar na receita de R$ 4,6 bilhões das construtoras (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Feirão da Caixa: Minha Casa, Minha Vida deve ajudar na receita de R$ 4,6 bilhões das construtoras (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2012 às 19h11.

São Paulo - A Direcional Engenharia planeja aproveitar o espaço aberto pelas construtoras que deixaram de atuar no programa Minha Casa, Minha Vida para ampliar as regiões de atuação da empresa, que se especializou em moradias para o segmento econômico.

Segundo o diretor comercial da Direcional, Ricardo Ribeiro, no próximo ano a companhia já terá lançamentos elegíveis ao programa habitacional do governo no interior de São Paulo e no Estado do Rio de Janeiro.

"Existe um buraco, um espaço para crescer no interior de São Paulo e no Rio de Janeiro... são muitas oportunidades porque todo mundo saiu (dessas regiões)", disse ele à Reuters nesta segunda-feira. "No ano que vem já teremos lançamentos nesses locais".

Hoje a empresa mineira está concentrada nas regiões Centro-Oeste e Norte do país. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Direcional já adquiriu terrenos e tem projetos em aprovação para participar do programa.

Especializada na baixa renda, a Direcional tem metade das operações concentradas na primeira faixa do Minha Casa, Minha Vida, voltada às famílias que ganham até três salários mínimos, segmento em que as grandes construtoras encontraram maior dificuldade em atuar.

"O espaço que as outras empresas deixaram é muito grande... e a MRV (Engenharia) está sozinha", afirmou Ribeiro, se referindo à retirada de boa parte das empresas que têm ações listadas na Bovespa do programa do governo, em meio à desaceleração do setor e problemas de estouro de custos.

A também mineira MRV Engenharia é atualmente a maior repassadora de recursos do Minha Casa, Minha Vida.

"O grande desafio para atuar na faixa 1 (do programa) é verticalizar mão de obra e concreto, para ter controle de custos... isso nós temos", acrescentou o executivo.

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