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Deutsche Bank tem prejuízo no 4º tri e se afasta de rivais

Principal banco da Alemanha anunciou nesta quinta-feira um prejuízo líquido de 1,9 bilhão de euros no último trimestre de 2016

Deutsche Bank: analistas esperavam que o banco registasse um prejuízo de 1,16 bilhão de euros (Daniel Roland/AFP)

Deutsche Bank: analistas esperavam que o banco registasse um prejuízo de 1,16 bilhão de euros (Daniel Roland/AFP)

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Reuters

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 14h36.

Frankfurt - O Deutsche Bank ficou ainda mais atrás de seus rivais de Wall Street em 2016, não acompanhando a forte recuperação deles na negociação de títulos nos últimos três meses do ano passado, o que aumentou a pressão sobre o presidente-executivo, John Cryan, antes de uma esperada atualização da estratégia do grupo alemão.

O principal banco da Alemanha anunciou nesta quinta-feira um prejuízo líquido de 1,9 bilhão de euros no último trimestre de 2016, com os resultados pressionados por custos legais.

As ações caíam 5,6 por cento. Analistas esperavam que o banco registasse um prejuízo de 1,16 bilhão de euros.

"Nossa estratégia não mudará fundamentalmente", disse Cryan em entrevista coletiva, acrescentando que o banco continuará respondendo às mudanças nos mercados globais e na regulamentação.

Isso pode incluir a saída de mais mercados e grupos de clientes, mas não outra rodada de cortes de empregos, disse o executivo.

"Nossa expectativa é que seremos rentáveis este ano", afirmou Cryan, acrescentando que é muito cedo para dizer quando os pagamentos de dividendos serão retomados.

As receitas da divisão de negociação de títulos do Deutsche Bank aumentaram 11 por cento no quarto trimestre, uma vez que se beneficiaram de um aumento nos negócios em produtos de taxas de juros, commodities e câmbio (FICC), após a surpreendente vitória de Donald Trump na eleição presidencial norte-americana.

Mas o banco perdeu participação de mercado para instituições de Wall Street, alguns dos quais mais do que duplicaram as receitas com negociação de títulos, em parte porque o banco alemão reduziu a área de banco de investimentos para diminuir o risco.

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