Chegar na meta, para o banco alemão, depende da situação da crise da dívida europeia (Joern Pollex/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2011 às 09h04.
Frankfurt - O Deutsche Bank alertou para uma desaceleração das operações de banco de investimento, marcando o desafio enfrentado por seus dois novos presidentes-executivos, nomeados mais cedo nesta terça-feira.
O banco alemão afirmou que pode não alcançar a meta de gerar 6,4 bilhões de euros (9,2 bilhões de dólares) em lucro antes de impostos em sua unidade de banco de investimento, em decorrência da crise de dívida na Europa.
A meta agora "depende de uma rápida e sustentável resolução da crise de dívida soberana europeia e do retorno a um ambiente operacional significativamente melhor no segundo semestre deste ano", informou a instituição, embora tenha reiterado a meta de lucro de 10 bilhões de euros para o grupo como um todo em 2011, ainda que o mercado se mostre cético.
Uma pesquisa da Reuters feita antes da instituição apresentar resultados nesta terça-feira revelou que o mercado espera que o Deutsche tenha lucro antes de impostos de 8,7 bilhões de euros este ano.
Com isso, o Deutsche passa a ser mais dependente das unidades de banco de varejo e de administração de fortunas para atingir o objetivo anual.
O banco apurou aumento de 17 por cento no lucro antes de impostos do segundo trimestre, para 1,8 bilhão de euros, um pouco abaixo da média das previsões de 1,97 bilhão de euros, segundo pesquisa da Reuters. Já o lucro líquido ficou estável em 1,2 bilhão de euros.
Os resultados foram divulgados algumas horas após a instituição nomear o chefe de banco de investimento, Anshu Jain, e o chefe de operações na Alemanha, Juergen Fitschen, como presidentes-executivos do Deutsche a partir de 2012.