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Deutsche Bank EUA é reprovado em teste do Fed por deficiências críticas

Fed disse que atividades do banco no mercado mostram "debilidades materiais" na distribuição de capitais e enfrentaria problemas no caso de crise financeira

Deutsche Bank EUA: qualquer transferência de dividendos do banco, que já não tinha passado nos testes de 2015 e 2016, deverá ser aprovada pelo Fed (Thomas Lohnes/Getty Images/Getty Images)

Deutsche Bank EUA: qualquer transferência de dividendos do banco, que já não tinha passado nos testes de 2015 e 2016, deverá ser aprovada pelo Fed (Thomas Lohnes/Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 28 de junho de 2018 às 20h03.

Última atualização em 28 de junho de 2018 às 20h03.

A filial americana do alemão Deutsche Bank (DB EUA) não passou nas provas de resistência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), devido a "deficiências críticas e generalizadas", informou a instituição nesta quinta-feira (28).

Mesmo assim, o Fed deu aprovação "condicional" aos poderosos bancos americanos Goldman Sachs e Morgan Stanley, cujas redes de proteção se debilitaram devido a gastos devido às alterações fiscais em dezembro, apontou o banco central.

A entidade "contestou o principal plano do DB EUA Corporation devido a generalizadas e críticas deficiências nas práticas de estatização de capital".

O Fed determinou que as atividades do DB EUA no mercado americano mostram "debilidades materiais" na distribuição de capitais e enfrentaria problemas no caso de uma crise financeira.

O Fed menciona problemas na gestão de riscos e na verificação de processos internos.

Os bancos que passaram na prova podem pagar seus acionistas. Contudo, qualquer transferência de dividendos do DB EUA, que já não tinha passado nos testes de 2015 e 2016, deverá ser aprovada pelo Fed. Isso só teria impacto no envio de seus lucros à casa matriz, na Alemanha.

Pela primeira vez, todas as atividades dos bancos estrangeiros examinados foram incluídas nos testes.

A edição de 2018 dos testes - que medes a solidez dos bancos em caso de crise - simulava uma brutal recessão mundial, desemprego de 10% e turbulências no mercado financeiro.

Foi o cenário mais duro possível desde que começaram os testes, há oito anos, logo depois da crise mundial de 2008.

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