No final do ano passado, as empresas empregavam mais de 133 mil funcionários (Kai Pfaffenbach/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de março de 2019 às 10h18.
Última atualização em 17 de março de 2019 às 12h13.
Frankfurt — O Deutsche Bank e o Commerzban confirmaram, neste domingo, que negociam uma possível fusão, apesar de ambos terem advertido que ainda estão distantes de fecharem um acordo.
O anúncio foi feito depois de reuniões entre os conselhos administrativos de ambos os bancos, segundo uma pessoa com conhecimento sobre as tratativas.
"Ante as oportunidades que surgem, o conselho de administração do Deutsche Bank decidiu rever suas opções estratégicas", disse o Deutsche em um comunicado. O banco acrescentou que não há certeza sobre nenhum acordo, e que o conselho está "focado em melhorar o perfil de crescimento e a rentabilidade do banco".
A divulgação formal das negociações aumenta as chances de confirmação de uma fusão há muito alvo de especulações, desde que em 2016 os dois bancos decidiram focar em reestruturações.
O governo alemão tem pressionado por uma união, levado por preocupações com a saúde do Deutsche, que tem tido dificuldades para gerar lucros sustentáveis desde a crise financeira de 2008.
A união resultaria num banco que teria aproximadamente 1,8 trilhão de euros em ativos, entre empréstimos e investimentos, e um valor de mercado de 25 bilhões de euros, pelos preços de encerramento das ações na última sexta-feira.
O novo banco seria responsável por um quinto do mercado a varejo na Alemanha, com uma soma de 140 mil funcionários em todo o mundo.