Plataforma P-56 da Petrobras em Angra dos Reis (Ari Versiani/AFP)
Daniela Barbosa
Publicado em 15 de maio de 2012 às 21h01.
São Paulo - As razões que levaram a Petrobras romper dois dos três contratos que mantinha com a Delta, construtora que é investigada por manter ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeiras, nada tem a ver com questões políticas.
Segundo a estatal, o desempenho da construtora estava muito aquém do esperado e a empresa não estava conseguindo entregar nem a metade do projeto estabelecido no contrato entre as duas companhias.
“Fazemos avaliações periódicas nas empresas que nos prestam serviço e analisamos segurança, produtividade, desenvolvimento do projeto. No caso da Delta, conversamos com a companhia, mas não houve nenhuma melhoria”, afirmou a empresa, em coletiva com a imprensa, nesta terça-feira.
Os dois contratos cancelados envolviam a realização de serviços de construção e montagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e eram avaliados em 843,5 milhões de reais.
De acordo com a companhia, está mantido o contrato com a Delta na obra da segunda etapa da reforma e modernização da Unidade de Tratamento de Águas Ácidas da Reduc, que termina em junho próximo.