Rodrigo Pereira (CEO) e Claudio Lucio (Founder) da consultoria A3Data (A3 Data/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 12 de agosto de 2024 às 10h00.
Adotar novas tecnologias e aumentar a eficiência do negócio é sempre uma demanda que desafia a vida dos executivos. Em tempos de inteligência artificial (IA) não é diferente: segundo dados da pesquisa IDC Future Scape, em 2024, 65% dos CIOs e líderes de tecnologia vão enfrentar pressão para implementar inovações como IA generativa e “deep intelligence”.
Uma das formas de evitar contratempos é garantir uma jornada de estruturação e garantir que qualquer esforço trará resultados de negócios – e, claro, contar com bons parceiros.
Segundo dados da pesquisa IDC Future Scape, em 2024, 65% dos CIOs e líderes de tecnologia vão enfrentar pressão para implementar inovações como IA generativa e “deep intelligence”.
“É preciso sempre lembrar que a tecnologia é um meio para ajudar a resolver os problemas de negócios. Não adianta utilizar inteligência artificial generativa sem entender os benefícios que ela pode trazer. Nosso dever é educar o mercado criando uma cultura baseada em dados”, explica Rodrigo Pereira, CEO da A3Data.
Fundada em Belo Horizonte, a consultoria que soma mais de dez anos de experiência em projetos de inteligência artificial e analytics em setores como finanças, indústria automotiva e saúde, reúne clientes de peso como Stellantis, Inter, Rede Mater Dei de Saúde, Fleury e BTG Pactual.
A missão da A3Data é conciliar a visão de negócios e a expertise técnica para ajudar as empresas a avançarem na era da IA generativa sem pular etapas.
“O que faz um projeto de tecnologia ter sucesso não é virar um case, mas sim ser capaz de gerar mudanças reais nas organizações, como redução de custo, aumento de receita, ganho na eficiência operacional ou melhoria na experiência do consumidor”, ressalta Pereira.
Se aliando a grandes parceiros de tecnologia global, como a Amazon Web Services (AWS), e a instituições voltadas para a educação em negócios no Brasil, como a Fundação Dom Cabral (FDC), a A3Data teve um crescimento de 2.100% ao longo dos últimos cinco anos, de 13 para 210 colaboradores, empenhados em auxiliar os clientes a destravar o poder por trás dos dados. Em 2014, a A3Data tinha em sua carteira apenas um grande cliente multinacional. Dez anos depois, ela passou a atender mais de 30 grandes contas em seu portfólio.
“Poucas empresas no Brasil entendem que os dados podem ser ativos monetizados e até mesmo capazes de gerar novas linhas de negócio para as companhias”, complementa Cláudio Lúcio, fundador da A3Data e doutor em modelagem matemática e computacional.
Mais do que apenas utilizar as tecnologias do momento, a consultoria é capaz de auxiliar as organizações a criar uma jornada virtuosa de utilização de dados, modelando a cultura das empresas e gerando valor ao longo do tempo.
“O ciclo da cultura data-driven tem de ser virtuoso e entregar valor continuamente, senão a expectativa se quebra e a tecnologia não avança. Por outro lado, essa jornada passa pela cultura da liderança, pela formação de pessoas e pela estruturação do uso de dados, cuidando da qualidade deles”, afirma Claudio Lúcio.
Dez anos depois, ela passou a atender mais de 30 grandes contas em seu portfólio.
Nesse sentido, o primeiro passo do trabalho da A3Data é ajudar as empresas a estruturarem suas informações. “Nós ‘movemos os encanamentos’, permitindo que os dados estejam auditados, acionáveis e acessíveis, podendo ser usados para gerar inteligência”, explica Pereira.
De posse desses dados, é possível que as empresas passem a utilizar tecnologias como plataformas de business intelligence e analytics, permitindo que as áreas de negócio criem visualizações, respondam perguntas e explorem seus dados com inteligência e autonomia.
Esses são passos fundamentais para estabelecer o uso de ciência de dados, que podem auxiliar as organizações a dar o grande salto de maturidade analítica. Com ciência de dados, é possível criar modelos preditivos e prescritivos, ou seja, antever o comportamento de algo ou de alguém e recomendar tomadas de decisões em determinados cenários. Indo além, é possível dar um passo a mais usando os sistemas autônomos e a IA Generativa, que não só antevê e recomenda, mas, de fato, age em parceria com o humano.
É com base em fundações sólidas e uma visão estratégica que a A3Data já coleciona casos de sucesso com seus clientes. Em um grande banco digital, por exemplo, a empresa usou inteligência artificial para analisar o perfil comportamental dos consumidores e entender quais deles tinham maior chance de deixar de usar o cartão de crédito. “A partir dos dados, pudemos criar ofertas personalizadas de olho no engajamento e reduzimos a taxa de cancelamento em mais de 10%”, explica Pereira.
No campo da saúde, outro bom exemplo: na Rede Mater Dei de Saúde, a consultoria criou o Compartilha, uma solução de gestão de escala e previsão de demanda que permite a visibilidade de recursos em tempo real, incluindo profissionais assistenciais e a quantidade de leitos. “Como resultado do projeto, reduzimos em 85% as horas extras do time e o projeto trouxe um retorno sobre investimento de 22,5% em apenas dez meses”, pontua Claudio Lúcio.
Para uma grande montadora multinacional, a A3Data utilizou IA generativa para criar um Agente Conversacional de Pesquisas, que oferece respostas instantâneas em linguagem natural para áreas de negócio sobre as necessidades de diferentes perfis de consumidores. A solução democratizou e tornou acionável uma extensa base de pesquisas de mercado que reflete a percepção dos consumidores sobre marcas, modelos e soluções — informações que costumavam estar restritas às áreas de Pesquisa e Análise de Dados.
A ambidestria entre o lado técnico e a visão de resultados ajudam a explicar por que, em 2021, a Rede Mater Dei de Saúde investiu R$ 40 milhões na A3Data, tornando-a seu braço forte de inteligência de dados. A consultoria, porém, segue operando de maneira autônoma e expandindo fortemente sua base de clientes. Como fruto desse investimento, a empresa criou uma divisão apartada para a criação de produtos focados no setor de saúde e que tenham em seu core a inteligência artificial, e dessa iniciativa já surgiram duas spin-offs — ambas com produtos com o "coração" em LLM, antes mesmo do lançamento do ChatGPT.
Em 2021, a Rede Mater Dei de Saúde investiu R$ 40 milhões na A3Data, tornando-a seu braço forte de inteligência de dados.
É o caso da Maria Saúde, uma espécie de clínica digital de atenção primária movida por inteligência artificial, mas que também conta com o apoio de equipes multidisciplinares de medicina. “Nossa tese é que a gestão primária da saúde poderia ser fortemente apoiada por chat, resolvendo a vida do paciente no WhatsApp, de maneira assíncrona”, explica Rodrigo Pereira. “Hoje, 95% dos atendimentos da ferramenta são feitos pelo formato de chat, com 89% de resolutividade, evitando que os pacientes precisem se deslocar para um pronto-socorro, mas sendo bem cuidados pela mesma equipe médica e até com a comodidade de um concierge”.
Outro caso bem-sucedido de empresa criada pela A3Data é o Nuvie.AI, que também opera na base dos sistemas de inteligência artificial generativa e funciona como um copiloto para qualquer médico, aumentando sua produtividade. “Hoje, diversos estudos mostram que 20% a 50% do tempo dos médicos é gasto com burocracia, o que traz um custo enorme para a saúde brasileira”, ressalta o CEO da A3Data. “O Nuvie foi desenvolvido para escutar a consulta, gravar e extrair as informações relevantes, sendo capaz de prescrever medicamentos, exames, encaminhamentos e atestados a partir do que foi dito, adicionando tudo ao histórico clínico do paciente no prontuário, liberando o médico para fazer o mais importante, que é atender o paciente no olho a olho”.
A preocupação com a humanidade não fica apenas nos produtos e projetos desenvolvidos pela A3Data para seus clientes: um dos diferenciais da empresa ao longo dos últimos anos é justamente a sua forma de fazer gestão de pessoas. “Somos um organismo empresarial vivo, com uma rede altamente densa e conectada, energizada por colaboração e conhecimento”, diz o CEO da consultoria.
Com colaboradores trabalhando no modelo remoto, mesmo antes da pandemia, a A3Data é capaz de reunir talentos em diferentes locais, fora do eixo Rio-São Paulo, em todo o Brasil e em países como Portugal e Espanha.
“Acreditamos na gestão por contexto: quando há um problema, somos nós quem damos a cara a tapa aos funcionários, construindo a empresa juntos, sem muros”, afirma Pereira. “Buscamos dar liberdade para as pessoas serem a melhor versão de si mesmas, guiadas por grande propósito e contexto. O que tira a gente da cama de manhã é empoderar as pessoas e organizações por meio dos dados”, complementa Cláudio Lúcio.
É com essa ambição que a consultoria também mira o futuro, não só buscando sua expansão no mercado nacional, mas também sempre mantendo uma visão antecipada das tendências tecnológicas — seu grande diferencial competitivo.
Um exemplo dos próximos movimentos da A3Data está em agentes baseados em inteligência artificial generativa, hiperautomação e computação quântica, auxiliando clientes a tornar o trabalho ainda mais produtivo, eficiente e consistente. “Buscamos sempre estar ligados nos próximos movimentos para ter essa visão além do alcance, sempre posicionados para ser o parceiro ideal das empresas em suas jornadas”, finaliza Pereira.