A receita da Deere subiu 20% no período, para US$ 8,61 bilhões (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2011 às 12h18.
Nova York - A norte-americana Deere & Co., que fabrica máquinas e equipamentos para construção e agricultura, anunciou hoje um lucro acima do esperado e 46% maior no trimestre encerrado em 31 de outubro, beneficiada por volumes e preços mais fortes, assim como pelas variações cambiais.
No trimestre, a empresa lucrou US$ 669,6 milhões, ou US$ 1,62 por ação, ante US$ 457,2 milhões, ou US$ 1,07 por ação, no mesmo intervalo do ano anterior. A receita subiu 20% no período, para US$ 8,61 bilhões. Analistas consultados pela Thompson Reuters previam lucro de US$ 1,43 por ação sobre receita de US$ 7,87 bilhões.
A Deere divulgou ainda sua perspectiva para o ano fiscal recém iniciado, fornecendo um primeiro vislumbre da demanda esperada para 2012. A companhia, maior fabricante de máquinas agrícolas em termos de vendas, previu um lucro de US$ 3,2 bilhões para o ano, ante US$ 2,92 bilhões projetados por analistas em uma pesquisa da Thompson Reuters. O grupo também espera um crescimento de 15% nas vendas de equipamentos agrícolas.
O resultado da Deere foi influenciado nos últimos meses pela forte demanda por maquinários agrícolas, uma vez que os preços das commodities permaneceram altos. Entretanto, o recente clima de incerteza econômica levou alguns analistas a temer que a alta das commodities pode não ser suficiente para sustentar o setor no ano que vem.
A demanda por equipamentos pesados continua enfrentando desafios diante da fraqueza dos mercados de construção. Como outras fabricantes, a Deere tem sofrido com gastos maiores com materiais como aço, cobre, pneus e componentes.
No quarto trimestre fiscal, as vendas de máquinas agrícolas subiram 18% devido ao aumento dos volumes e dos preços. Na unidade de equipamentos florestais e de construção, o faturamento cresceu 34%, principalmente por causa dos volumes maiores. Em geral, as vendas da companhia dispararam 14% nos Estados Unidos e no Canadá, e 31% em outros lugares. As informações são da Dow Jones.