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Decisão do Google sobre a China foi estopim para saída de Schmidt

De acordo com revista, insatisfação de ex-CEO se estende por cerca de 1 ano

Larry Page, Eric Schmidt e Sergey Brin do Google: saída do CEO foi anunciada há dois dias (Markham Johnson)

Larry Page, Eric Schmidt e Sergey Brin do Google: saída do CEO foi anunciada há dois dias (Markham Johnson)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 20h22.

São Paulo - Divergências em relação à política adotada com a China teriam feito com que Eric Schmidt deixasse o cargo de CEO do Google.

A informação foi dada por Ken Auletta, autor de um livro sobre o Google (Googled: The End of The World as We Know It), à revista The New Yorker.

Segundo a reportagem, a decisão da saída, anunciada há dois dias, não foi tão tranquila quanto a empresa mostrou. Schmidt, inclusive, planejaria deixar seu novo cargo de conselheiro em menos de um ano.

A reportagem afirma que, há um ano, o CEO ficou chateado quando Larry Page e Sergey Brin, os co-fundadores do Google, decidiram remover as buscas censuradas da China. Schmidt discordava da decisão – que acabou levando à saída do site do país – pois acreditava que a empresa deveria manter-se no maior mercado consumidor do mundo.

Depois de perder a briga em relação à China, Schmidt teria “perdido a energia e o foco”. Ao mesmo tempo, outros problemas afetavam o Google: o Facebook já o substituía como a “empresa tech” do momento, o lugar onde todos queriam trabalhar, e as queixas relacionadas a problemas de privacidade vinham de todos os lados (e países).

Com o apoio de um membro do conselho e de um conselheiro de fora da empresa, Schmidt, que ocupa o cargo de CEO desde 2001, decidiu sair. A empresa, no entanto, também teria dado um empurrãozinho para a decisão. A fonte teria dito ainda que ele planeja deixar o Google depois de um ano como conselheiro.

O cargo de CEO será ocupado por Larry Page a partir de abril.

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